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Petroleiros ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP)- que inclui os trabalhadores da Refinaria Presidente Vargas Repar, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba - decidiram manter a paralisação iniciada há cinco dias, mesmo após o leilão do pré-sal, realizado na tarde desta segunda-feira (21). Agora, a categoria segue com as atividades paralisadas para pressionar por melhorias na proposta de Acordo Coletivo de Trabalho de 2013.
Nesta manhã, a Petrobras ofereceu aos trabalhadores do setor reajuste na tabela de remuneração mínima por nível de regime (RMNR) de 8%, e reajuste de 6,09% nas tabelas de salário básico. A FUP, no entanto, considerou a proposta "incompleta e aquém do que reivindicam os trabalhadores" e a rejeitou. Ela reivindica aumento de 16 53%.
Na manhã desta terça-feira (22), Petrobras e federação fazem mais uma rodada de negociação. À tarde, a partir das 15 horas, os sindicatos se reúnem para discutir os rumos da campanha salarial.
Greve afeta produção na Repar
A greve sustentada pelos petroleiros da (Repar), em Araucária, já afetou a produção na empresa, informou nesta segunda-feira o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR/SC).
Segundo o presidente da entidade, Silvaney Bernardi, ainda não é possível ter números exatos, mas a estimativa é de que a queda na produção já tenha superado 15%. Segundo ele, as áreas de refino e transporte de petróleo e derivados continuam afetadas por conta da greve.
A Repar, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que não iria comentar a informação. No entanto, a empresa afirmou que a produção continua normal no local, e que equipes seguem trabalhando em regime de contingência para manter os serviços normais.
De acordo com a Sindipetro-PR/SC, o índice de adesão geral na Repar é de 75%. Na Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, a adesão dos grupos de turno é de 100% e a produção é feita apenas por supervisores e coordenadores de turno. Em Paranaguá, no Tepar, o índice de adesão média é de 90%.
Em Santa Catarina, a greve já afeta o fornecimento de combustíveis. Segundo informou o sindicato dos trabalhadores, alguns postos estão sem gasolina e óleo diesel e as distribuidoras adotaram práticas de racionamento. No estado, a adesão também gira em torno de 90% nos terminais Transpetro de Biguaçu, Guaramirim, Itajaí e São Francisco do Sul.