Pneus: Trabalhadores da Pirelli param
Aproximadamente 2,3 mil funcionários da fábrica de pneus Pirelli entraram em greve por tempo indeterminado no último sábado, após a empresa demitir 10 de seus funcionários, contrariando negociações com o sindicato da categoria. De acordo com o Sindicato dos Borracheiros de São Paulo (Sintrabor), a empresa estava em negociações com o sindicato para encontrar soluções que evitassem demissões na fábrica, quando os trabalhadores foram surpreendidos com as demissões.
Os petroleiros iniciaram ontem uma greve de cinco dias que atingiu as principais bases da Petrobras no país e contou com adesão de 70% dos funcionários, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Foram cortadas as trocas de turnos em oito refinarias, 13 terminais e em plataformas. A paralisação, no entanto, não afetou a produção da Refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba. Os petroleiros prometem permanecer em greve por cinco dias.
Segundo o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-PR), cerca de 230 trabalhadores dos setores administrativos e de produção da Repar estão de braços cruzados. A empresa diz, no entanto, que a paralisação foi bem menor apenas 50 trabalhadores teriam aderido.
O presidente do Sindipetro-PR, Silvaney Bernardi, diz que não há risco de desabastecimento. "A ideia é causar impacto econômico para a empresa pra trazê-la para a negociação, mas de modo algum prejudicar a população."
Em nota, a Petrobras informou que "as unidades da companhia funcionam normalmente. A estatal garantiu ainda que não há riscos para a segurança das operações e dos empregados que não aderiram à paralisação.
Governo
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu que a greve preocupa o governo, mas deixou claro que a manifestação não está afetando o abastecimento de combustíveis. "Uma greve como esta é sempre preocupante. Mas a Petrobras está negociando com todos."
Não é o que vem ocorrendo no Paraná, segundo o Sindipetro-PR. Na manhã, de segunda-feira o órgão entrou com uma ação na Procuradoria Regional do Trabalho pedindo a intermediação nas negociações. O sindicato acusa a Petrobras de cárcere privado, porque a empresa estaria mantendo cerca de 80 funcionários no prédio da Repar desde a noite de domingo.
De acordo com Bernardi, a intenção da refinaria seria de impedir que os trabalhadores participem da greve. Segundo a Repar, no entanto, os funcionários permaneceram na refinaria por vontade própria.
Representantes da empresa e do sindicato tiveram uma audiência na Procuradoria Regional do Trabalho, da 9ª Região. De acordo com a procuradora Eliane Lucina, não foram discutidas propostas para o fim da greve. O objetivo era definir o contingente de trabalhadores que devem permanecer trabalhando, já que se trata de uma atividade essencial. A empresa ficou de enviar ao sindicato e a Procuradoria hoje um relatório sobre as necessidades mínimas da refinaria.
Reivindicações
Segundo Bernardi, as principais reivindicações da categoria dizem respeito à manutenção dos empregos nas empresas que prestam serviços à estatal e a segurança dos funcionários. "Somente este ano, três trabalhadores terceirizados já morreram em acidentes de trabalho."
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