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Petroleiros de todo o país paralisaram atividades em refinarias, fecharam rodovias e atrasaram operações nas unidades da Petrobras, ontem, em protesto contra a realização da 10ª Rodada de Licitações de Áreas Exploratórias da Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para ocorrer nos próximos dias 18 e 19 de dezembro. A Petrobras informou que não precisou acionar seu plano de contingência, uma vez que não houve prejuízo para a produção. Historicamente, a estatal não é prejudicada no caso de paralisações de até 24 horas.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação iniciada na madrugada de ontem deve se estender até a meia-noite de hoje apenas na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. De acordo com o presidente do Sindicato dos Petroleiros, Silvanei Bernardi, a decisão foi tomada em razão de a empresa ter desviado do ponto de bloqueio alguns ônibus com funcionários, que acabaram entrando por outro portão. "A empresa tolheu a liberdade de o pessoal escolher entre participar ou não do protesto", acentuou Bernardi.

A FUP defende que, após as descobertas das megarreservas do pré-sal na Bacia de Santos, haja uma revisão do marco regulatório que impeça a concessão de novas áreas exploratórias a empresas privadas.

A 10ª Rodada já é um reflexo desta preocupação que também é do governo federal. Enquanto não terminam os trabalhos de Comissão Interministerial criada em julho para discutir um novo marco para o petróleo, o leilão da ANP deste ano oferece apenas blocos em terra, o que afasta qualquer possibilidade de reservas de grande porte, semelhantes às do pré-sal brasileiro, serem arrematadas.

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