O petróleo leve para entrega em dezembro, referência nos Estados Unidos, atingiu nesta sexta-feira a cotação de US$ 92,22 no pregão eletrônico do New York Mercantile Exchange (Nymex) na Ásia, fechando com alta de US$ 1,26 a US$ 91,72 em Cingapura.
Em Londres, a cotação do Brent também registrava forte alta. Às 10h (horário de Brasilia), o barril para entrega em dezembro estava cotado a US$ 88,18, com alta de 0,80%.
Além do aumento da tensão no Oriente Médio, uma forte demanda pelo petróleo e a desvalorização do dólar dão um novo empurrão na cotação da commodity, que começou o ano no patamar dos US$ 50 e se aproxima agora dos US$ 100.
A pressão sobre o petróleo também aumenta com o anúncio de novas sanções ao Irã, segundo maior produtor da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), e um ataque a uma plataforma italiana na Nigéria, outro grande produtor .
Entretanto, o petróleo ainda está abaixo do pico de US$ 101,70 alcançado em abril de 1980, um ano após a Revolução Iraniana, segundo a Agência Internacional de Energia.
A desvalorização do dólar em relação às outras moedas importantes estaria levando os investidores a correrem atrás das commodities, conforme vêem os investimentos relacionados à moeda americana reduzirem a rentabilidade.
Isso também diminui o poder de compra da produção da Opep e aumenta o de outros consumidores que não se baseiam no dólar.
Entretanto, o cartel observa que, apesar dos preços recordes do petróleo, a inflação e o dólar reduziram o impacto da alta. O preço da cesta de referência da Opep estava a US$ 74,18 em setembro, mas valia na verdade US$ 50,98, se levados em conta a inflação e o enfraquecimento do dólar.
Alguns analistas dizem que os investidores estão usando o petróleo como hedge para a queda do dólar.