O efeito negativo da crise de 2009 sobre o preço do barril de petróleo reverteu o movimento de redução da dependência da economia fluminense de sua capital, que vinha perdendo espaço para os municípios da região Norte.
Com sua economia atrelada ao setor petrolífero, Campos dos Goytacazes - em 2008 a cidade que mais ganhou participação no PIB - viu sua fatia no valor da produção brasileira cair de 1% para 0,6%.
Já o Rio de Janeiro gerou 5,4% das riquezas do país, acima dos 5,2% de 2008. A capital fluminense registrou um PIB de R$ 175,7 bilhões em 2009. E respondeu por 49,7% da economia estadual, contra 46,3% no ano anterior. Além de ganhar participação indiretamente pela perda de outros municípios, a cidade do Rio se destacou pelo bom desempenho da indústria, em especial de alimentos e bebidas.
"A indústria que menos perdeu participação em 2009 foi aquela voltada a atender o mercado interno, caso de alimentos. O Rio se beneficiou por concentrar essa produção", diz Sheila Zani, coordenadora da pesquisa do IBGE que calcula o PIB dos municípios.
O Rio seguiu a tendência de concentração do PIB nas capitais em 2009. Naquele ano, elas representaram 34,7% da produção nacional, a maior participação nos últimos anos da série. Isso porque as medidas anticíclicas do governo tiveram como foco o crédito e, consequentemente, o setor financeiro, concentrado nas grandes metrópoles.
Enquanto os produtores de petróleo perderam com a debacle da cotação internacional - segundo a EIA o barril tipo brent caiu de US$ 96,85 em 2008 para US$ 61,49 em 2009 - Duque de Caxias foi beneficiado justamente por isso.
A cidade abriga a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), que teve redução nos custos do refino de petróleo e coque. Resultado: sua participação no PIB subiu de 0,6% para 0,8% de 2008 para 2009. A cidade tem o segundo maior PIB do estado, depois da capital, com R$ 25,7 bilhões. Em seguida vem Campos, que apesar do impacto da crise econômica fechou o ano de 2009 com renda de R$ 19,6 bilhões.
Na lista de municípios com maior PIB per capita no país, a segunda posição é ocupada por Porto Real, com R$ 215.506,46 por habitante - contra média nacional de R$ 16.917,66. O município do Sul Fluminense tem uma população de apenas 16.523 habitantes e tem sua economia baseada na indústria automotiva, abrigando a fábrica da Peugeot e seus fornecedores. Entre as capitais do país, o Rio de Janeiro aparece como o 4º maior PIB per capita (R$ 28.405,95). No Brasil, entretanto, a capital fluminense está em 234ª posição no ranking.
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