Petróleo bate novo recorde e é cotado acima de US$ 99

O preço do barril do petróleo voltou a bater recorde nesta quarta-feira, aproximando-se, mais uma vez, da barreira psicológica de US$ 100. O avanço foi impulsionado pela redução na estimativa de crescimento dos EUA feita pelo Federal Reserve e contribuiu para a baixa nas bolsas internacionais.

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Petróleo termina pela primeira vez acima dos US$ 98 em Nova York

O barril de petróleo fechou pela primeira vez acima dos US$ 98 nesta terça-feira em Nova York, numa reação clara do mercado ao dólar fraco.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de "light sweet" para entrega em janeiro ganhou US$ 3,39, a US$ 98,03, um recorde de fechamento. A commodity chegou a US$ 98,30, a poucos centavos de seu recorde de US$ 98,62 registrado durante a sessão em 7 de novembro.

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Os preços do petróleo encostaram nos US$ 100 nesta quarta-feira, sustentados pelos temores sobre o abastecimento e a queda do dólar.

Na madrugada de terça para quarta-feira, o barril do "light sweet" para entrega em janeiro, negociado no New York Mercantile Exchange, chegou a US$ 99,29, um novo recorde. Em seguida, caiu para finalmente fechar a US$ 97,29.

Paralelamente, o barril do Brent do Mar do Norte, que bateu recorde durante a sessão a US$ 96,53, também recuou para terminar a US$ 94,84.

Entre os fatores fundamentais que explicam os preços atuais, os analistas citam a queda das reservas mundiais e os temores de um inverno rigoroso que aumente a demanda, sobretudo de produtos para calefação.

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A Agência Internacional de Energia (AIE), preocupada desde o verão no Hemisfério Norte com o baixo nível das reservas mundiais, vem falando com certa freqüência deste risco.

O departamento americano de Energia (DoE) intensificou a incerteza do mercado ao anunciar nesta quarta-feira que os estoques de petróleo registraram queda surpreendente na semana encerrada em 16 de novembro nos Estados Unidos, assim como as reservas de produtos destilados, que incluem combustível para calefação.

As reservas de cru caíram 1,1 milhão de barris, para 313,6 milhões de barris, contra alta de 750.000 barris esperada pelos analistas.

"Em relação ao ano passado, as reservas são 6,9% menores, no entanto estão acima da média para este período do ano", indicou o DoE.

Os estoques de produtos destilados (diesel e combustível para calefação) também caíram, 2,4 milhões de barris, a 131,0 milhões de barris. Os analistas esperavam uma queda menor, de 450 mil barris. Esta é a segunda queda consecutiva.

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Já as reservas de gasolina subiram 200.000 barris, ficando em 195,2 milhões de barris. Os analistas esperavam um aumento maior, de 950.000 barris.

Além disso, uma refinaria americana de Valero, em Memphis (Tenessee) foi fechada temporariamente, e um incêndio paralisou uma instalação da Shell na região de Alberta (Canadá).

Mas estas explicações podem ser apenas psicológicas, pois a Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) afirma que o mercado está bem abastecido. O cartel fornece 40% do petróleo consumido no mundo.