As cotações internacionais de petróleo encerraram em alta na terça-feira, impulsionadas pela crescente demanda por energia na China e pela tensão contínua entre o Irã e o Ocidente devido ao programa nuclear de Teerã.
O ouro e a prata também encerraram com ganhos, com investidores voltando às compras após uma recente depreciação nos preços. Um fluxo de dinheiro e fundos de investimento têm auxiliado as cotações de muitas commodities a estabelecer este ano recordes de alta na década.
- Nós ainda estamos em ritmo de alta e as pessoas olham para manchetes de alta - disse a analista Deborah White, da SG, em Paris. - Entre China e Irã, se você observar e escolher, você tem os dois.
Em Nova York, os contratos de petróleo para entrega em julho subiram US$ 0,66, para finalizar a US$ 72,03 o barril. Na máxima da sessão na Nymex, o contrato bateu US$ 72,75 o barril.
Em Londres, o petróleo tipo Brent também com vencimento em julho ganhou US$ 0,46 e fechou a US$ 71,05 o barril.
Na segunda-feira, os dois mercados permaneceram fechados por feriados.
O petróleo em Nova York vem reduzindo sua valorização desde o pico de US$ 75,35 por barril alcançado em abril, em parte por preocupações de que a alta nos preços aceleraria a inflação e reduziria o crescimento da demanda pela commodity.
Entretanto, a demanda na China - a segunda maior consumidora do mundo - permanece robusta, conforme mostraram cálculos baseados em dados oficiais. A demanda real na China avançou 10,8% em abril em relação ao ano anterior, a maior alta desde 2004.
As cotações seguem com ganhos, apesar de o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Edmund Daukor, ter dito na segunda-feira que a Opep deve decidir por manter o atual nível de produção. A reunião da organização acontece na quinta-feira em Caracas.
De acordo com Daukor, um dos impulsos para os preços continua a ser as tensões entre Irã, segundo maior produtor do mundo, e os Estados Unidos sobre o trabalho nuclear iraniano.