Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (29) em Nova York, em um mercado que assimila as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, em um contexto de crescentes temores sobre uma interrupção do fornecimento de petróleo iraniano.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em abril ganhou 52 centavos em relação a terça-feira no New York Mercantile Exchange (Nymex) e fechou em 107,07 dólares, após um dia de grandes flutuações.
Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril fechou em 122,66 dólares, em alta de 1,11 dólar em relação a terça-feira.
Os preços do barril, que tinham aberto em alta, apagaram seus ganhos e passaram ao vermelho após um relatório semanal do Departamento americano de Energia (DoE), mas depois se recuperaram.
"É difícil interpretar a direção dos preços do petróleo (...) que flutuaram muito" durante o pregão, afirmou Matt Smith, da Summit Energy (Schneider Electric).
"Os comentários do presidente do Fed, Ben Bernanke, foram mais positivos que o previsto para a economia, o que ocasionou imediatas vendas de petróleo, já que esperávamos uma medida de reativação", e esta espectativa não foi cumprida, completou.
Por outro lado, os preços do barril se enfraqueceram no início do pregão pelo relatório semanal do DoE, que informou sobre uma alta de 4,2 milhões de barris de reservas de petróleo americano durante a semana que terminou em 24 de fevereiro, mais de cinco vezes superior ao esperado pelo mercado.
Esta alta reforçou os temores sobre a demanda energética dos Estados Unidos.
Posteriormente, o Livro Bege, o informe de conjuntura do Fed, publicado antes do fechamento do petróleo nova-iorquino, "deu algumas boas notícias (sobre a economia americana) e isso ajudou a sustentar os preços", disse Smith.
A atividade econômica do país "progrediu a um ritmo (que se pode qualificar) de fraco a lento", dependendo da região, em janeiro de 2012 e durante a primeira metade de fevereiro, informou o relatório publicado a cada seis semanas com base na informação reunida pelas filiais regionais do Fed.
Para James Williams, da WTRG Economics, "o que verdadeiramente sustentou os preços (do petróleo) foram os temores em relação ao Irã".
Existem crescentes tensões geopolíticas entre os países do Ocidente e o Irã, que ameaçou interromper seu fornecimento de petróleo para a Europa.
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