Curitiba Mesmo com o afastamento do Opportunity da administração da Brasil Telecom (BrT), a Petros (previdência complementar da Petrobás) promete retirar seus investimentos do ramo de telefonia. "Vamos esperar que um novo gestor seja instituído para recuperamos nosso investimentos. Aí vamos colocar nossa parte à venda", disse o presidente da Petros, Wagner Pinheiro.
Para Pinheiro, a participação na BrT não foi um bem negócio para o fundo. "O Dantas, definitivamente, não foi um bom gestor para os investidores." A Petros afirma que investiu em 1998, em valor corrigido pela inflação, R$ 90 milhões na Brasil Telecom. Hoje, esses investimentos estariam valorados em R$ 47 milhões. O executivo afirma que, quando a Petros entrou no negócio, "o objetivo era buscar o desinvestimento em sete anos. O prazo já se esgotou e isso não aconteceu." A assembléia realizada na última quinta-feira, solicitada pela Petros, pela Previ (do Banco do Brasil) e pelo Funcef (da Caixa Econômica) colocou fim à disputa societária pelo controle da companhia telefônica.
A luta pelo controle da BrT é antiga e envolveu acusações de ambos os lados. Dantas afirmou, em depoimento à CPI dos Correios, que foi feita pressão do governo federal sobre os fundos para romper a sociedade com o Opportunity. Segundo ele, o objetivo seria privilegiar outro operador privado, no caso a Telemar. Pinheiro negou as afirmações feitas pelo banqueiro. Segundo ele, não houve interferência do então ministro da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, ou de qualquer outro membro do governo nos fundos: "O que nos move são decisões puramente econômicas , em defesa do interesse de nossos associados."
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