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fundo de pensão

Petros vai às compras na crise e estuda investir em estaleiros

O fundo de pensão Petros, o segundo maior do país, que tem a Petrobras entre as suas patrocinadoras, se tornou voraz comprador de ações em meio à crise e aguarda momentos de menor volatilidade do mercado para determinar seus próximos investimentos.

De acordo com o presidente da entidade, Wagner Pinheiro, um dos focos para 2009 será o setor de infra-estrutura, e há possibilidade de adquirir participações diretas ou por meio de fundos de investimentos em portos e estaleiros.

"Somos parceiros antigos da Petrobras e temos olhado muito a logística...estamos sim olhando portos, estaleiros", disse Pinheiro a jornalistas durante evento nesta segunda-feira na Previ.

A Petros vem tentando elevar sua participação em renda variável, ao contrário da Previ, maior fundo de pensão do país, que busca reduzir seu portfólio de ações.

Desde outubro, segundo Pinheiro, o fundo comprou mais ações da Petrobras, Vale, companhias de energia elétrica e a Lupatech, fornecedora da Petrobras.

Em junho deste ano, em entrevista à Reuters, Pinheiro havia informado que estava em conversas com a Petrobras para participar de investimentos diretos no pré-sal da bacia de Santos, região que demandará mais de US$ 400 bilhões, segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.

De acordo com Pinheiro, a Petros chegou à crise em uma boa situação de liquidez, proporcionada pela entrada de mais 37 mil associados de 2002 até este ano.

"Eram 90 mil (associados) em 2002 e o número mais recente é de 127 mil (associados). Hoje eu tenho mais participantes contribuindo", avaliou Pinheiro, admitindo que este ritmo de crescimento deve ser interrompido.

"A nossa avaliação é que vamos ter uma desaceleração no crescimento, mas vai mais em torno de 3,5 por cento, menos do que os mais de 5 por cento previstos para este ano", explicou.

"Mas no estrutural o Brasil vai continuar a ser gerador de emprego", aposta o executivo.

"É lógico que a aceleração dos investimentos que se estava prevendo na Petrobras, por exemplo, já se fala em desaceleração, mas nunca em parar os investimentos", assegurou Pinheiro.

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