A PSA Peugeot Citroën anunciou que vai ampliar a capacidade de produção de sua unidade em Porto Real, no Rio de Janeiro. A fábrica hoje tem capacidade máxima de 105 mil veículos por ano, e passará a poder produzir até 160 mil carros/ano.
Com a ampliação, serão criadas 700 novas vagas, que serão integradas ao terceiro turno da fábrica a partir de fevereiro. A unidade de motores também terá a capacidade elevada, das atuais 170 mil unidades/ano, em dois turnos, para 220 mil motores/ano, em três turnos.
O presidente da Peugeot Citroën para a América Latina, Vincent Rambaud, demonstrou otimismo com as perspectivas para o mercado este ano. A projeção é que as vendas da companhia tenham incremento de 30%. Em 2009, o crescimento foi de apenas 1,5%. Rambaud elogiou a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os carros durante a crise. "Foi o que se fez de mais inteligente no mundo", disse. Ainda que esteja animado com a economia brasileira este ano, o executivo revelou temor com o fim do benefício fiscal, previsto para março. "É perigoso parar bruscamente. É claro que vai ter um impacto negativo, mas é difícil de medir. Pode ter um efeito considerável, acompanhado de uma alta de juros", afirmou. A Peugeot Citroën vai fabricar dois novos modelos em Porto Real. Uma picape compacta Peugeot será lançada no segundo trimestre, e um Citroën, cujos detalhes não foram revelados, está previsto para a segunda metade do ano. Idealizados em escritórios brasileiros da montadora, serão os dois primeiros automóveis do grupo cujos design será todo feito fora da França. Também serão lançados mais três veículos neste ano no país, mas estes serão produzidos na Argentina e vão replicar projetos europeus.
