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Bloqueio de bens

PF apreende seis veículos, R$ 127 mil, computadores e relógios na casa de Eike

Lamborghini que enfeitava a sala de Eike Batista foi apreendida. | Divulgação/Polícia Federal
Lamborghini que enfeitava a sala de Eike Batista foi apreendida. (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal no Rio de Janeiro cumpriu nesta sexta-feira (6) mandado de busca e apreensão na casa do empresário Eike Batista. Na ação policial, foram apreendidos seis veículos, sendo dois de luxo, quatro utilitários e um compacto. O empresário mora numa casa no bairro do Jardim Botânico, na zona sul do Rio de Janeiro.

Entre os carros, há um Porsche Cayenne branco e um Lamborghini Aventator LP700-4, na mesma cor. Esse segundo veículo, modelo 2012, enfeitava a sala da casa de Eike. Também foram apreendidos R$ 127 mil em dinheiro.

A lista inclui ainda 16 relógios, dois motores para lancha, um computador, um piano, uma escultura, um telefone celular e um ovo Fabergé, peça fabricada na Rússia.

Os mandados foram expedidos pelo juiz titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Flávio Roberto de Souza, como parte da decisão de bloquear ativos financeiros e bens móveis e imóveis de Eike e seus familiares, no valor de R$ 3 bilhões.

Na quinta-feira, (5), Souza afirmou que uma das justificativas para o bloqueio foi o fato de o empresário, em meio à crise que atingiu suas companhias, ter feito doações a seus parentes.

Segundo o juiz, Eike doou seis imóveis em 2013 aos parentes, além de montantes em dinheiro. Somente Thor, filho mais velho de Eike, recebeu R$ 137 milhões. O bloqueio atinge Eike, dois filhos dele, Thor e Olin, a mulher Flávia Sampaio e a ex-mulher Luma de Oliveira.

A Justiça do Rio determinou o bloqueio no mês passado, medida que foi cumprida no início desta semana. No ano passado, já tinham sido bloqueados R$ 239 milhões, mas o valor foi agora ampliado e a ação estendida aos familiares do empresário.

Inicialmente, Eike respondia a um processo, com duas acusações: manipulação de mercado e uso de informação privilegiada. Segundo o juiz Souza, outros processos, vindos de São Paulo, estão sendo unificados, com outras três acusações: falsidade ideológica, formação de quadrilha e indução do investidor ao erro.

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) deve entregar as denúncias no próximo dia 11.

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