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Para o governo, o vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e de aliados tucanos, é uma questão isolada e não pode ser interpretada como uma ação institucional da Receita Federal.

O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz Fernando Corrêa, afirmou que a instituição está trabalhando com rigor para esclarecer o caso, mas não deu esperança de que o inquérito seja concluído antes das eleições. "Investigação é produção de prova e isso tem que ser feito dentro do ritmo da legalidade", afirmou o delegado.

Aberta no fim de julho, a investigação completou um mês e o prazo inicial, de 30 dias, segundo Corrêa, será prorrogado, com autorização judicial, pelo tempo que o delegado titular considerar necessário. "Jamais um dirigente policial pode marcar data para concluir um inquérito", disse ontem.

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, à quem a PF é subordinada, afirmou que a investigação está sendo feita com profissionalismo, sem risco de contaminação política, e usou a credibilidade da instituição para assegurar que, em breve, os responsáveis serão conhecidos e punidos. "Somos um ministério profissionalizado, com polícias e instituições de Estado e estamos longe de qualquer utilização política."

Apesar da garantia, a PF recorreu à Justiça para obter cópia da auditoria que a Receita realiza para apurar responsabilidades no caso. Corrêa disse que o procedimento é de praxe por se tratar de dado protegido por sigilo legal.

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