Renda per capita é o grande desafio
Apesar do crescimento estrondoso da China, o PIB per capita do país continuará a ser muito inferior ao do Japão. No próximo ano, de acordo com o FMI, o PIB per capita chinês será de US$ 3,9 mil, um décimo dos US$ 40,7 mil previstos para o japonês.
Em algum momento dos próximos 15 meses, a China deverá ultrapassar o Japão e se tornar a segunda maior economia do mundo, no mais extraordinário processo de ascensão de um país da história da humanidade. A ultrapassagem ocorrerá pelo menos cerca de cinco anos antes do que se previa anteriormente e será acelerada pelo impacto da crise financeira que abalou o mundo a partir de setembro de 2008.As previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o próximo ano colocam a China no segundo lugar do ranking dos maiores PIBs do mundo, com US$ 5,263 trilhões, acima dos US$ 5,187 trilhões do Japão.
Para alguns economistas, a troca de lugares só não ocorreu ainda em razão da persistente valorização do iene japonês, que infla o tamanho do PIB do país quando ele é convertido para o dólar. Na China, o yuan está no mesmo patamar desde meados de 2008, o que limita o valor em dólar da economia.
A ascensão da China foi meteórica e levou a uma total transformação da ordem econômica que existia na década passada, quando Estados Unidos, Europa e Japão tinham inquestionável ascendência na arena global. Também forçou a discussão sobre o redesenho de organizações multilaterais, como o FMI e o Banco Mundial, nas quais o poder de voto da China não reflete o tamanho de sua economia.
"O sistema internacional construído depois da Segunda Guerra Mundial será quase irreconhecível em 2025 em razão da ascensão dos poderes emergentes, da globalização da economia, da histórica transferência de riqueza e poder econômico do Ocidente para o Oriente e da crescente influência de atores não-estatais", observa o documento "Global Trends 2025: A Transformed World", publicado pelo Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos em novembro.
A China está no centro das forças que estão moldando esse novo cenário. Há cinco anos, o país aparecia em sexto lugar no ranking dos maiores PIBs do mundo elaborado pelo FMI. Inglaterra e França já haviam sido deixadas para trás em 2006 e, no ano seguinte, foi a vez de a Alemanha abandonar o posto de terceira maior economia do mundo. Na avaliação de Stephen Green, economista-chefe do Standard Chartered para a China, o país provavelmente já tem o segundo maior PIB do mundo, já que 20% de sua economia está na informalidade e não aparece nas estatísticas oficiais.
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