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A indústria teve expansão de 5,7% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2007 e de 0,9% em relação ao primeiro trimestre de 2008, informou nesta quarta-feira (10) o IBGE, com base nos dados da pesquisa do PIB. No primeiro semestre, a indústria se expandiu 6,3% e, em 12 meses até junho, 5,5%.

No caso da agropecuária, as variações no segundo trimestre foram de 7,1%, em relação ao mesmo período do ano passado, e de 3,8% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Com isso, no primeiro semestre houve alta de 5,2%, ante os primeiros seis meses de 2007, acumulando alta de 7% em 12 meses.

O setor de serviços, o de maior peso no PIB, teve ampliação de 5,5% no segundo trimestre, ante igual período de 2007; de 1,3% na comparação de abril a junho com janeiro a março, de 5,3% no primeiro semestre em relação aos primeiros seis meses do ano passado e de 5,1% em 12 meses até junho.

Formação Bruta de Capital Fixo

Os investimentos em produção, ou Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), continuam crescendo bem acima da média da economia. No segundo trimestre, elevaram-se 16,2% em relação ao mesmo período do ano passado e 5,4% na comparação com o primeiro trimestre deste ano, de acordo com o IBGE. No primeiro semestre, a alta foi de 15,7% ante igual período de 2007. A elevação de 16,2% no segundo trimestre representa a maior expansão trimestral dos investimentos no PIB desde o início da série, em 1996, segundo a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis.

Para o coordenador de contas nacionais do instituto, Roberto Olinto, mais importante do que essa expansão recorde é o fato de que a FBCF tem crescido trimestralmente a taxas acima de 13% desde 2007 e aumenta no patamar de dois dígitos desde o quarto trimestre de 2006. "É um período bastante grande de crescimentos elevados, só equivalente ao que ocorreu em 2004", disse Olinto. Segundo Rebeca Palis, os investimentos foram o principal destaque no desempenho do PIB do País no segundo trimestre.

Essa elevação foi impulsionada pela produção e importação de máquinas e equipamentos e, ainda, pelo bom desempenho da construção civil, afirmou Rebeca Palis. Para ela, a FBCF, que teve o 18º aumento consecutivo ante igual trimestre de ano anterior, subiu também sob influência do aumento de crédito de recursos livres para pessoas jurídicas (41,3% no segundo trimestre ante igual período do ano anterior). Além disso, a taxa de juros Selic, que também tem efeito sobre os investimentos, estava no patamar 11,7% ao ano no segundo trimestre de 2008, ainda inferior à taxa de 12,3% ao ano no segundo trimestre de 2007.

No primeiro trimestre, o crescimento da FBCF tinha sido de 15,2 % em relação ao mesmo período de 2007 e de 1,3% na comparação com o quarto trimestre de 2007.

A taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 18,7% no segundo trimestre, registrando o maior número para o período desde o início da série da pesquisa em 2000. A formação bruta de capital fixo é constituída principalmente por máquinas e equipamentos e pela construção civil.

No primeiro semestre, a taxa de investimento ficou em 18,5%, também a maior da série. Em 12 meses, a FBCF cresceu 15,5%. A taxa de poupança (poupança/PIB) no segundo trimestre situou-se em 19% e no primeiro semestre em 17,9%.

Revisão do primeiro trimestre

O IBGE também divulgou nesta quarta-feira a revisão do PIB do primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado de 5,8% para 5,9%. A mudança se deu devido ao setor agropecuário, cujo dado de crescimento foi revisado de 2,4% para 3,0% na comparação.

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