A economia da zona do euro cresceu 1,5% em 2015, em linha com as estimativas de analistas, mas a queda da produção industrial em dezembro fez com que a expansão se desacelerasse no segundo semestre em relação ao primeiro, ampliando os argumentos por mais afrouxamento monetário.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12) pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. No quarto trimestre do ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) dos 19 países da zona do euro cresceu 0,3% em relação aos três meses anteriores, a mesma taxa registrada no período de julho a setembro, como esperado por economistas consultados pela Reuters.
Em suas previsões mais recentes, a Comissão Europeia -órgão Executivo da União Europeia- estimava um crescimento de 1,6%.
A Alemanha, maior economia do bloco, registrou crescimento econômico moderado no último trimestre do ano passado. Gastos mais altos do Estado compensaram o desempenho do comércio exterior. O PIB alemão cresceu 0,3% nos últimos três meses de 2015, na mesma taxa do trimestre anterior. O crescimento no quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2014 foi de 2,1%.
A Espanha registrou expansão de 0,8% do PIB no quarto trimestre, mesmo percentual dos três meses anteriores e uma desaceleração se comparado com o primeiro semestre de de 2015. Segundo a Eurostat, o crescimento do país em 2015 foi de 3,5%.
A França, segundo maior economia do bloco, teve expansão de 0,2% no quarto trimestre, enquanto no ano passado cresceu 1,2%.
Na Itália, o PIB cresceu apenas 0,1% no quarto trimestre, gerando preocupações de que a retomada econômica iniciada no ano passado após três anos de recessão possa estar enfraquecendo. O desempenho ruim pode atrapalhar o objetivo do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, de alcançar sua meta fiscal e poderia prejudicar conversas sobre orçamento com a União Europeia.
Já a economia grega contraiu 0,6% nos três últimos meses do ano passado, após uma retração de 1,4% no terceiro trimestre.
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