O consumo e os investimentos impulsionaram o crescimento da zona do euro no segundo trimestre de 2010 e o primeiro trimestre foi mais forte que o esperado, mas a expansão deve desacelerar no segundo semestre.

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A agência de estatísticas Eurostat confirmou nesta quinta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 16 países do bloco monetário cresceu 1 por cento na comparação trimestral entre abril e junho -- o maior avanço em quatro anos. A leitura do primeiro trimestre foi revisada para cima, mostrando expansão de 0,3 por cento.

O crescimento foi induzido por números muito fortes na Alemanha, maior economia europeia. A economia da Grécia foi a única que encolheu na zona do euro, embora os dados da Irlanda não estejam disponíveis ainda.

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"A atividade vai provavelmente perder força no segundo semestre do ano", disse Clemente de Lucia, economista do BNP Paribas, apontando a possibilidade de desaceleração da Alemanha, onde a atividade depende das exportações. Importantes mercados exportadores, como a China e os Estados Unidos, estão mostrando lentidão.

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia da zona do euro se expandiu 1,9 por cento, dado revisado ante a leitura preliminar de 1,7 por cento. O crescimento anual do primeiro trimestre foi revisado de 0,6 para 0,8 por cento.

A Eurostat disse que o consumo pessoal contribuiu com 0,3 ponto percentual ao número geral do crescimento, assim como o investimento. O gasto do governo adicionou 0,1 ponto ao PIB, e os estoques, 0,2 ponto. O comércio líquido somou 0,1 ponto.

Com alguns fatores que impulsionaram o segundo trimestre se esvaindo nos próximos três meses, e a demanda externa menor e as medidas de austeridade fiscal restringindo a atividade econômica, economistas esperam que o crescimento desacelere mais tarde neste ano.

Alguns analistas disseram que a expansão trimestral pode ficar entre 0,4 e 0,6 por cento no terceiro trimestre e diminuir ainda mais nos últimos três meses do ano, mas afirmaram que uma contração econômica não é provável.

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"Esse ritmo tórrido de crescimento do PIB não é sustentável, e todos os componentes de demanda mostrarão força consideravelmente menor no futuro", disse Marco Valli, economista do Unicredit

Em outro relatório, a Eurostat informou que os preços no atacado da zona do euro subiram 0,2 por cento mês a mês em agosto e 4 por cento na comparação anual. A alta foi causada principalmente pelos custos de energia, que estavam baixos no mesmo período de 2009.