O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (31) que o governo trabalha com a expectativa de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 4,5% em 2010. Em entrevista à rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, Lula afirmou também que o País poderá, em dez ou 15 anos, chegar ao patamar de quarta ou quinta maior economia do mundo
O presidente ressaltou que em dezembro do ano passado foi à TV e em rede nacional, afirmou que a "crise tinha chegado por último ao Brasil e ia sair primeiro". "O que está acontecendo agora. De todos os países do mundo, de todos, China e Brasil são os dois países que estão em melhor situação", avaliou. "A economia brasileira está se recuperando, eu tenho dito aos meus ministros que nós não temos que ser ufanistas, nós temos os pés no chão. Mas os sinais são extraordinários da economia se consolidando e nós trabalhamos para um crescimento para o próximo ano acima de 4,5%.
Para Lula, se o Brasil continuar, pelo menos na próxima década, "trabalhando com seriedade", poderá assumir uma nova posição no rol das maiores economias do mundo. "Eu tenho dito, nós, daqui a dez ou 15 anos, seremos a quarta ou quinta economia mundial". Na opinião do presidente, o atual desempenho se deve em grande parte às medidas adotadas durante o ajuste fiscal implementado no início de seu governo
Lula também enalteceu o atual nível da taxa básica de juros, a Selic, de 8,75% ao ano. "Nós aumentamos os juros quando precisávamos aumentar, reduzimos os juros quando tínhamos folga para reduzir e hoje nós temos o menor juro da história deste País.
Questionado, o presidente admitiu a possibilidade de aumento real das aposentadorias, mas observou que a prioridade do governo é garantir que o salário mínimo continue crescendo. "Cada um de nós se aposenta com aquilo que nós contribuímos. Se bem que você tem setores privilegiados e tem setores que amargam (perdas). De qualquer forma, isso só vai mudar no dia que você tiver uma reforma na Previdência Social", afirmou.