- AEB: peso negativo do setor externo no PIB era esperado
- Mercado de trabalho melhorou em 2013 em ritmo menor
- Inadimplência no Brasil sobe a 4,8% em janeiro, informa BC
- Economia brasileira cresce menos do que média mundial prevista pelo FMI
- Economia do Brasil cresceu 2,3% em 2013
- Indústria tem menor peso no PIB desde 2000
Alavancado pelo desempenho da agropecuária, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná conseguiu se redimir em 2013 do resultado pífio do ano anterior (0,9%). Ao marcar crescimento de 5% no ano, o estado se manteve bem à frente da média nacional (2,3%), aponta estimativa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria expandiu 5,6% (contra 1,2% em nível nacional), tendo como motor a produção de veículos automotores (18,3%), máquinas e equipamentos (13,7%) e produtos químicos (4,4%). Já as vendas no varejo subiram 7% -- no país, foram 3,6% --, com destaque para os ramos de combustíveis (11,9%), itens farmacêuticos e de perfumaria (11%) e eletrodomésticos (10,2%).
Ainda ao contrário do Brasil, o estado demonstrou retomada no crescimento nas exportações, que apontam para uma balança comercial favorável. A vendas para o exterior em dólares cresceram 3%, puxadas pelos setores de soja, carne, e automotivo; já as importações reduziram 0,2%. No Brasil, as importações cresceram 8,4% no ano passado, contra acréscimo de 2,5% nas exportações, mesmo com câmbio favorável para vendas.
A situação do Paraná na comparação com o País foi destacada pelo governo federal em boletim regional divulgado pelo Banco Central neste mês. Desde as parciais do PIB divulgadas em 2013, convencionou-se atribuir ao estado o título de "uma ilha no meio do Brasil". Projeções para 2014 continuam otimistas -- no sentido de o Paraná repetir resultado superior à média nacional -- mas há indícios de que o crescimento pode não ser "chinês" como no ano anterior. Um fator é a perspectiva de declínio de 2,8% na safra de grãos em 2014 segundo acompanhamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado em janeiro.