O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná chegou a marca dos R$ 161,58 bilhões em 2007, registrando um índice de crescimento de 6,76%, 0,7 pontos porcentuais acima do crescimento médio nacional. A conclusão consta do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a economia brasileira naquele ano divulgado nesta quarta-feira (18).
Ainda de acordo com o estudo, a participação do Paraná no PIB brasileiro subiu de 5,77% em 2006 para 6,07% no ano seguinte, quando o estado passou a ser a quinta unidade da federação que mais contribuíram com o indicador nacional. O PIB do país foi de R$ 2,66 trilhões.
Segundo o IBGE, o Paraná ficou atrás apenas de São Paulo (33,9%), Rio de Janeiro (11,2%), Minas Gerais (9,1%) e Rio Grande do Sul (6,6%) na participação no PIB brasileiro. Os cinco estados mais a Bahia (4,12%), Santa Catarina (3,93%) e o Distrito Federal (3,76%) concentravam quase 80% da economia nacional em 2007.
Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial do governo do estado, o chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, disse que o crescimento do PIB paranaense acima da média brasileira apenas seguiu uma tendência anterior. "Com a consolidação dos arranjos produtivos locais (APLs), somadas outras atividades, desde a década de 1990 o Paraná vem apresentando resultados bem acima da média nacional", afirmou.
Para o coordenador de conjuntura econômica do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki, a atividade agrícola foi a grande responsável pelo crescimento paranaense no período abrangido pelo estudo. "Embora a agropecuária represente 8,56% na composição do PIB paranaense, ela possui grande efeito multiplicador, principalmente nos municípios do interior, cuja renda agrícola reflete em maior poder de compra no comércio varejista, na aquisição de máquinas agrícolas e de insumos e fertilizantes, atingindo assim a indústria", explicou Suzuki, à AEN.
PIB per capita
Em 2007, o PIB per capita do Paraná (PIB dividido pelo número de habitantes) foi de R$ 15.711,20, o sétimo maior do país. O resultado era maior que a média nacional, calculada pelo IBGE em R$ 14.464,73.
Na ocasião, o Distrito Federal se manteve na liderança do PIB per capita, com R$ 40,696 mil, seguido de São Paulo, que registrou R$ 22,667 mil e Rio de Janeiro (R$ 19,245 mil).
A R$ 4,662 mil, o PIB per capital piauiense era o menor, precedido pelo do Maranhão (R$ 5,165) e o de Alagoas (R$ 5,859)
Setores
Em relação à agricultura, o maior aumento ficou com a produção de soja, que teve salto de 9,36 milhões de toneladas em 2006 para 11,88 milhões de toneladas em 2007 (26,85%). Também registraram crescimento a produção de trigo, cana-de-açúcar e milho, que cresceram, respectivamente, 55,89%, 35,29% e 26,85%. A colheita de feijão, por outro lado, apresentou queda de 6,26%.
Na indústria de transformação as contribuições mais representativas no crescimento da economia vieram dos ramos de veículos automotores (com crescimento de 30,46%) e máquinas e equipamentos (21,39%). Em contrapartida, as indústrias madeireira e de edição e impressão apresentaram decréscimos de, respectivamente, 5,40% e 14,16% na produção.
No setor terciário, o comércio varejista registrou alta na ordem de 7,11% no volume de vendas em 2007, sendo mais significativas as taxas geradas pelos segmentos de equipamentos de escritório, informática e comunicação (28,41%), móveis e eletrodomésticos (12,43%) e hipermercados e supermercados (6,62%).
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