Mercado reduz projeção para o PIB em 2012 e 2013

O mercado voltou a reduzir, pela quarta semana seguida, as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e no próximo, mantendo a perspectiva de que a Selic permanecerá em 7,25% até o final de 2013, mostrou pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (10)

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul avançou 7,6% no terceiro trimestre deste ano, ante o segundo trimestre, após duas quedas seguidas. De acordo com a Fundação de Economia e Estatística (FEE), o avanço, com ajuste sazonal, se dá apesar da safra de verão, que foi afetada pela estiagem, mas não produziu impacto significativo na economia do Estado no terceiro trimestre.

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"Desde os primeiros anúncios, vínhamos avisando que 87,6% da produção agrícola do Rio Grande do Sul se concentra no primeiro semestre e só 2,4%, no terceiro trimestre", disse o economista da FEE Martinho Lazzarin. O PIB do agronegócio avançou 131,2% exatamente porque não sofre mais o impacto dos grãos e é formado fundamentalmente pela pecuária. A indústria recuou 0,5% e o setor de serviços avançou 0,7%.

Na comparação com o mesmo período de 2011, o agronegócio avançou 22,3%, a indústria caiu 2,8% e o setor de serviços avançou outros 2,8%. No caso da indústria, a recuperação esperada não ocorreu, segundo Lazzarin, e a indústria de transformação, que responde por dois terços do setor, segue fraca (-4,8%).

Veículos

O setor de veículos caiu 20,5%, a maior queda no setor de transformação, seguido de alimentos (-8,8%), que sofre pela escassez de grãos para processamento. A construção civil avança 2,8% e as demais indústrias, 0,9%.

Mesmo com a retomada no terceiro trimestre, a economia gaúcha segue com desempenho negativo de -2,1% no acumulado do ano. O setor agropecuário tem queda de 32,4%, a indústria recua 1,1% e o setor de serviços avança 3%.

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A manutenção do crescimento no setor de serviços, mesmo com a queda no setor do agronegócio, segundo Lazzarin, ocorre porque mesmo com produção menor os preços do milho e da soja sustentaram a renda do produtor.