O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos desacelerou no quarto trimestre de 2015, mas o fenômeno foi menos severo que o antes estimado, com o recuo dos estoques das empresas menor que o antes calculado. O PIB avançou 1,0% na taxa anualizada do quarto trimestre, de acordo com a segunda leitura do indicador divulgada nesta sexta-feira. Anteriormente, o Departamento do Comércio havia calculado o crescimento no período em 0,7%. Agora, economistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam uma revisão para baixo, para mostrar crescimento de 0,4%, mas o resultado veio mais forte que o esperado.
Ainda que tenha vindo melhor que o antes divulgado, o resultado confirmou uma desaceleração no crescimento de 2% do terceiro trimestre e do de 3,9% no segundo trimestre. O resultado refletiu a desaceleração nos gastos dos consumidores e das empresas do país.
A revisão mostrou que os gastos dos consumidores foram um pouco mais fracos que o antes estimado. Mas há muito menos impacto negativo do recuo do investimento em estoques das empresas que o antes imaginado. A mudança nos estoques privados foi revisada para um impacto negativo de 0,14 ponto porcentual no PIB, de um cálculo inicial de -0,45%.
Por outro lado, o relatório indicou que os gastos dos consumidores - que representam dois terços da produção econômica dos EUA -, avançaram em um ritmo menor que o antes esperado na temporada de férias. A leitura atualizada de consumo pessoal indicou aumento de 2,0% no quarto trimestre, abaixo dos 2,2% antes calculados e dos 3% do terceiro trimestre. Apesar da cautela com os gastos no último trimestre do ano passado, os gastos dos consumidores aumentaram 3,1% em 2015, no ritmo mais forte em uma década.
As importações recuaram 0,6%, enquanto as exportações foram revisadas para uma queda de 2,7%, de uma leitura inicial de recuo de 2,5%. Os gastos do governo também recuaram, no último trimestre do ano.
Apesar de um primeiro e quarto trimestres fracos em 2015, o crescimento em todo o ano ficou em 2,4%, o mesmo de 2014 e um pouco acima da média de 2,1% desde 2010, o primeiro ano completo de expansão do país após a recessão.
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