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A economia dos Estados Unidos encolheu no ritmo mais acentuado em aproximadamente 27 anos no quarto trimestre, mostraram dados do governo, aprofundando-se ainda mais na recessão, à medida que consumidores e empresários cortaram os gastos.

O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB), que mede a produção total de bens e serviços dos Estados Unidos, recuou 3,8 por cento, em termos anuais, a maior queda desde o primeiro trimestre de 1982, quando contraiu 6,4 por cento.

No terceiro trimestre de 2008, o PIB dos Estados Unidos contraiu 0,5 por cento.

Esses foram os primeiros declínios trimestrais consecutivos do PIB desde o quarto trimestre de 1990 e os três primeiros meses de 1991.

Analistas consultados pela Reuters previam uma contração do PIB de 5,4 por cento no quarto trimestre. A economia dos Estados Unidos entrou em recessão em dezembro de 2007, após o colapso do mercado imobiliário, que resultou na crise de crédito global.

Para 2008, o PIB subiu 1,3 por cento, no menor ritmo de crescimento desde 2001, quando a economia expandiu 0,8 por cento.

O relatório do Departamento de Comércio com a primeira leitura do PIB dos EUA no quatro trimestre de 2008 mostrou que o consumo, que corresponde a dois terços da atividade econômica dos EUA, caiu 3,5 por cento no período, ante declínio de 3,8 por cento no terceiro trimestre.

Essas também são as primeiras quedas seguidas do consumo, desde os declínios no quatro trimestre de 1990 e no primeiro de 1991.

Os gastos com bens duráveis, como carros e móveis, tombaram 22,4 por cento, a queda mais acentuada desde o primeiro trimestre de 1987.

Em resposta à redução da demanda, os investimentos empresariais afundaram 19,1 por cento, o recuo mais acentuado desde o primeiro trimestre de 1975. Os investimentos residenciais despencaram 23,6 por cento.

O forte declínio econômico está reduzindo as pressões inflacionárias, com o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) despencando 5,5 por cento, um recorde, após ter avançado 5 por cento no terceiro trimestre.

O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,6 por cento, menor taxa desde o quarto trimestre de 1962. No terceiro trimestre, o núcleo do índice havia subido 2,4 por cento.

Analistas consultados pela Reuters previam uma queda de 5,4 por cento do índice PCE.

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