Mercado reduz projeção do PIB pela 7ª semana consecutiva

O mercado reduziu pela sétima semana seguida a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, de acordo com boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (25)

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento nulo em abril ante março e alta de 0,6% na comparação com abril do ano passado, de acordo com o Indicador de Atividade Econômica divulgado nesta segunda-feira (25) pela Serasa Experian. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o índice avançou 0,8%. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 1,7% ante o mesmo período de 2011, taxa menor do que a verificada em março, de 1 9%, na mesma base de comparação. Todos esses resultados foram ajustados sazonalmente.

Do ponto de vista da oferta agregada, o baixo desempenho do PIB em abril foi justificado pela queda de 2,6% sobre março e de 0 6% ante abril de 2011 na atividade produtiva do setor industrial. No ano, a indústria acumula queda de 0,1% e, em 12 meses, registra pequena alta de 0,6%. De acordo com a Serasa Experian, o setor está mais vulnerável à crise financeira internacional.

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A agropecuária subiu 0,5% ante março, mas o resultado representa um recuo de 8,1% sobre o mesmo mês do ano passado. Em serviços, houve alta de 0,4% na comparação mensal e de 2,1% na anual. No ano, esses dois setores acumulam, respectivamente, queda de 8,4% e alta de 1,7%. No acumulado de 12 meses encerrados em abril, a atividade agrícola cai 0,4% e a de serviços sobe 2%.

Pelo lado da demanda agregada, a atividade econômica do País só não recuou em abril porque o consumo das famílias cresceu 0,4% em relação a março e 2,3% sobre abril de 2011. Este item acumula alta de 2,5% no ano e de 3% em 12 meses. Exceto importações (2%) todos os outros itens apresentaram recuo em abril ante março: consumo do governo (-0,5%), investimentos (-0,6%) e exportações (-4,2%).

"O consumo das famílias tem sido o principal componente dinâmico da economia, impulsionado pelas baixas taxas de desemprego e pelos ganhos reais de rendimentos, já que as altas da inadimplência e do endividamento dos consumidores têm reduzido a eficácia do crédito em concretizar impulsos adicionais à atividade econômica", afirma, em nota, a Serasa Experian.