Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,2% no segundo trimestre, sendo 1,3% apenas em junho na comparação com maio.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo / arquivo
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O Monitor do PIB-FGV estima que a atividade econômica brasileira teve um crescimento de 0,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, segundo dados divulgados nesta terça (15). Quando comparado ao mesmo período do ano passado, o crescimento no primeiro trimestre atingiu 2,6%.

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Em uma análise mensal, a economia teve um aumento de 1,3% em junho em relação a maio e de 2,7% em comparação a junho de 2022.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, afirma que após um sólido crescimento no primeiro trimestre, houve uma desaceleração no segundo trimestre.

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“Apesar da forte retração registrada pela agropecuária, os modestos crescimentos do setor industrial e de serviços colaboraram para o resultado positivo de 0,2% no 2º trimestre”, disse.

De acordo com ela, o resultado “demonstra uma resiliência geral da economia, ainda que parte dos ganhos advindos da agropecuária tenham diminuído”. Juliana afirma que esse crescimento moderado também evidencia a “dificuldade da economia em reagir de maneira mais vigorosa, dada a baixa atividade de investimento, taxas de juros elevadas e o elevado endividamento das famílias”.

O levantamento da FGV aponta que o consumo das famílias apresentou um crescimento de 2,3% no segundo trimestre. Como já destacado em edições anteriores do Monitor, esse crescimento vem se reduzindo desde o final de 2022. O consumo de serviços e produtos não duráveis tiveram menor contribuição nesse período, sendo as principais razões para a desaceleração do consumo.

Já as exportações de bens e serviços tiveram um crescimento de 14,1% no segundo trimestre. Quase todos os componentes das exportações tiveram aumento nesse período, mas apenas dois explicam a maior parte do resultado positivo. As exportações de produtos agropecuários (30,1%) e da exploração mineral (23,8%) foram responsáveis por cerca de 80% do desempenho positivo das exportações.

As importações totais tiveram um aumento de 6,8% no segundo trimestre. As importações de bens de consumo, com crescimento de 29,7%, e de bens de capital, com aumento de 18,2%, representaram mais de 60% do crescimento desse componente. A única nota negativa foi a importação de produtos agropecuários, que retraiu 30,8%.

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Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB no segundo semestre de 2023, em valores correntes, tenha alcançado a cifra de R$ 5,74 trilhões.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]