Depois de recuar 3,9% em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 4,6% em 2021, segundo o IBGE. No acumulado dos dois anos, houve um avanço de 0,6%, o que indica que o nível de atividade já supera o de 2019 – o que o Ministério da Economia classificou como "recuperação em 'V'", usando a expressão muito repetida pelo titular da pasta, Paulo Guedes.
A Secretaria de Política Econômica (SPE) comparou o desempenho do Brasil nesses dois anos aos de outros países. A maioria dos números é dos resultados oficiais. Para os países que ainda não divulgaram o PIB de 2021, a SPE usou as estimativas mais recentes do FMI.
PIB do Brasil e dos países do G7
A primeira comparação feita pela SPE é com os países do G7, grupo que reúne as principais economias do mundo e do qual o Brasil não faz parte.
Nesse caso, o avanço brasileiro superou o desempenho mediano (-2,2%) e ficou abaixo apenas do crescimento dos Estados Unidos, cuja economia avançou 2% no acumulado de 2020 e 2021.
PIB do Brasil e dos países do G20
Menos favorável é a comparação com países do G20, o grupo do qual o Brasil faz parte e que reúne as maiores economias do mundo mais a União Europeia.
O desempenho brasileiro ficou acima da mediana do G20 (-0,9%), porém distante do topo do ranking: o país teve o nono maior crescimento do grupo no acumulado de 2020 e 2021. Os maiores avanços do grupo nesses dois anos foram de Turquia (13,1%), China (10,5%) e Coreia do Sul (3,1%).
Em seu comunicado, a SPE enfatizou que o resultado do Brasil superou o dos países europeus e de seus pares na América Latina, Argentina e México.
Na comparação com outros países do bloco dos Brics, a economia brasileira cresceu mais que a da África do Sul, porém menos que China, Rússia e Índia.
PIB do Brasil e de países da América Latina
Em uma lista de 19 países da América Latina, o Brasil teve o sexto maior avanço do PIB no acumulado dos últimos dois anos e, assim como nos rankings anteriores, superou a mediana do grupo (-2,1%).
O crescimento econômico na América Latina foi liderado por Chile (4,5%), Guatemala (3,9%) e Paraguai (3,9%).
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