A economia dos Estados Unidos cresceu 1,3% entre janeiro e março de 2007, o menor resultado para um primeiro trimestre desde 2003, quando a taxa foi de 1,2%. Nos três últimos meses de 2006, o Produto Interno Bruto (PIB), que representa o total de riquezas produzidas no país, apresentou expansão de 2,5%.
Analistas de Wall Street projetavam um crescimento da ordem de 1,7% a 1,8% para o primeiro trimestre deste calendário. Junto com relatório do PIB, foi divulgado o aumento dos gastos do consumo pessoal nos Estados Unidos de 3,4% no trimestre, também acima do esperado. Os gastos dos consumidores respondem por dois terços da atividade economia nos Estados Unidos.
Os dois resultados levantaram temores de pressões inflacionárias combinadas com a baixa expansão do PIB, que seria o pior cenário possível, e têm reflexos negativos em todo o mundo, pelo peso que os Estados Unidos exercem na economia global.
As bolsas de valores do Brasil e do resto do mundo estão sendo influenciadas nesta sexta-feira pelo número decepcionante e operam com perdas.
O núcleo do índice de preços de gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) subiu para uma taxa anualizada de 2,2 % no primeiro trimestre, levemente acima da estimativa de alta de 2,1%. Essa é uma das medidas de inflação preferidas do Federal Reserve.
A leitura registrada ficou bem acima da alta de 1,8% apurada no trimestre anterior e deve manter os integrantes do banco central norte-americano atentos sobre a possibilidade de um repique da inflação.Crise imobiliária e exportações em queda
O crescimento dos EUA vem se reduzindo desde o final do ano passado, sob o impacto do setor imobiliário, onde houve um aumento no número de inadimplências de empréstimos, especialmente no segmento de financiamentos de alto risco.
Os investimentos em moradias amargaram uma queda de 17% no primeiro trimestre, seguindo o tombo de 19,8% registrado nos últimos três meses de 2006. Esse foi o sexto trimestre consecutivo em que os gastos com construção de moradias caíram.
Muitos economistas acreditam que o crescimento deve ganhar mais força ao longo do ano, uma vez que o pior momento da desaceleração no setor de moradias tenha passado.
As exportações norte-americanas recuaram 1,2% no primeiro trimestre, uma forte reversão ante o salto de 10,6 % apurado no trimestre anterior. Essa foi a primeira queda das exportações desde o segundo trimestre de 2003, quando recuaram 1,7%.
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