O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (soma de todas as riquezas produzidas no país) somou R$ 542,074 bilhões no terceiro trimestre de 2006, comparado a R$ 497,356 bilhões em igual período do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. No fim do mês passado, o IBGE já havia divulgado que o crescimento do PIB no período foi de apenas 3,2% na comparação com o trimestre do ano anterior.
No acumulado do ano até setembro, o PIB foi de R$ 1,529 trilhão, sendo que a agropecuária atingiu R$ 107,3 bilhões, a indústria R$ 552,7 bilhões e os Serviços, R$ 776,5 bilhões.
Somente no terceiro trimestre, o PIB da agropecuária ficou em R$ 34,4 bilhões, o da indústria, em R$ 200,5 bilhões, e o de serviços em R$ 275,2 bilhões.
A taxa de investimento foi de 20,8% do PIB, contra 20,4% de um ano antes. O resultado é o segundo maior para um terceiro trimestre desde o início da série histórica em 1995, somente atrás do dado do terceiro trimestre de 2004.
Segundo Cládia Dionízio, técnica do IBGE, a redução da taxa básica de juros (Selic), o aumento das operações de crédito para pessoas jurídicas, a recuperação do setor de construção civil e as importações de máquinas e equipamenos, graças ao câmbio mais favorável, explicam o aumento da taxa de investimento da economia brasileira.
- Nos últimos trimestres, o investimento têm crescido a um ritmo superior ao do PIB - disse Claúdia.
A taxa de poupança bruta também cresceu no terceiro trimestre de 2006 e chegu a 25,2%, e foi a segunda maior taxa para este período desde 1995, inferior apenas aos 25,4% no terceiro trimestre de 2004.
Cláudia, do IBGE, explicou que a renda subiu mais do que o consumo, aumentando a poupança. Em termos nominais, a renda disponível cresceu 9,7% frente ao terceiro trimestre do ano passado e o consumo, 8,5%.
A capacidade de financiamento da economia nacional ficou em R$ 16,2 bilhões de reais de julho a setembro, um avanço de R$ 2,8 bilhões em relação a um ano antes.
"Tal variação deve-se, sobretudo, à diminuição do envio líquido de juros para o resto do mundo (R$ 2,4 bilhões) em razão do aumento das receitas de juros advindas do exterior e da redução das despesas de juros realizadas no período'', informou o comunicado do IBGE.
Entre os componentes da demanda, no terceiro trimestre, o Ccnsumo das famílias totalizou R$ 290,5 bilhões, o Consumo do Governo R$ 105,6 bilhões e a formação bruta de capital fixo R$ 112,5 bilhões.
Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 24,8 bilhões (R$ 96,9 bilhões de exportações e R$ 72,1 bilhões de importações), e a Variação de Estoques foi de R$ 8,6 bilhões.
Os dados do IBGE também mostraram que os investimentos de empresas brasileiras no exterior foram maiores.