A segunda oferta de cotas do fundo Papéis do Índice Brasil Bovespa (PIBB) completou um mês na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrando ganhos superiores à média das aplicações. A cota do PIBB vale hoje R$ 44,36, com valorização de 9% em um mês. No mesmo período, o Índice Bovespa subiu 6%. A expectativa dos analistas é de que o PIBB continue a se destacar em 2006, já que sua carteira é formada por ações de empresas sólidas e de baixo risco. Entre elas estão papéis dos setores de petróleo, siderurgia e bancário.

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O PIBB é um fundo destinado a atingir pequenos investidores, que se interessam pelo mercado de ações, mas não toleram riscos elevados. O fundo é formado por ações que estavam na carteira do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e acompanham o Índice Brasil 50.

O chamariz do fundo é que o investidor não perde o valor inicialmente aplicado, o chamado "valor principal". Isso porque em caso de queda das ações, o fundo permite ao investidor revender ao BNDES as cotas do PIBB pelo mesmo valor da aquisição. Essa revenda poderá ser feita entre outubro e dezembro de 2006. Nesse caso, há apenas o chamado "custo de oportunidade", pois o dinheiro não teve qualquer rendimento no período de um ano. No caso de valorização das ações, ao contrário, o investidor recebe todos os ganhos.

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A popularização do mercado de ações começou com a oferta de ações da Petrobrás aos trabalhadores, que as compraram com recursos de suas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Outro sucesso foi a venda de ações da companhia Vale do Rio Doce, também com recursos do FGTS.

Na segunda oferta, feita em outubro deste ano, o BNDES ofertou um total de R$ 2,285 bilhões em papéis do PIBB em outubro, mais que o dobro do inicialmente planejado. Devido à grande procura, houve um forte rateio, de 40,66% sobre as parcelas que excederam R$ 15 mil. A cota do fundo foi definida em R$ 40,69%, em 19 de outubro. Mas fechou em R$ 44,35 nesta segunda-feira, 21 de novembro.

Por conta da captação do PIBB, o segmento de ações foi o que mais se destacou em outubro, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). No total, a indústria brasileira de fundos registrou captação líquida de R$ 3,9 bilhões em outubro.