O ministro da Previdência Social, José Pimentel, ao comentar a decisão, que deve ser anunciada ainda nesta terça-feira (21), do governo da Argentina de extinguir o regime de previdência privada, afirmou que o Brasil acertou ao não seguir as "orientações que eram dadas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional)" aos países latino-americanos, na década de 1990, no sentido de adotar uma privatização total do regime previdenciário.
"O Brasil resistiu, e hoje é fonte de parâmetros para os ajustes que nossos vizinhos estão fazendo nas distorções dos seus regimes de previdência", afirmou Pimentel, referindo-se ao fato de haver no modelo brasileiro, além da previdência pública, a alternativa da previdência privada, com base em fundos de pensão que fornece complemento às aposentadorias.
Arrecadação
Pimentel afirmou que a arrecadação previdenciária de setembro - de R$ 13,430 bilhões - é o melhor resultado mensal até hoje, exceto os registrados em meses de dezembro (quando os segurados recebem o 13º salário).
De acordo com o ministro, a explicação para o aumento de arrecadação no mês passado - 10,1% superior à registrada em setembro de 2007 - continua sendo o forte ritmo de contratação de mão-de-obra com carteira assinada no País. O déficit da Previdência Social em setembro deste ano foi de R$ 7,416 bilhões ante os R$ 9,802 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.
Crise
Na avaliação do ministro, a crise financeira internacional deve "influenciar muito pouco" a economia brasileira, graças às medidas que estão sendo adotadas pelo governo para suprir de crédito o mercado doméstico. "Evidente que, se não tivéssemos essa crise, estaríamos muito melhor, mas acho que o pânico visto em setembro (nos mercados financeiros) não se vai materializar (na economia real)", disse Pimentel.
2008
De janeiro a setembro deste ano, a arrecadação previdenciária está acumulada em R$ 115,551 bilhões, total que significou um aumento de 9,7% em relação ao acumulado em igual período do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 105,378 bilhões.
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