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O dólar subiu pelo segundo dia seguido nesta terça-feira, impulsionado pela busca de aplicações mais seguras por investidores globais após dados ruins nos Estados Unidos e sinais de cautela na Europa.

A moeda norte-americana fechou a 1,826 real, em alta de 0,88 por cento. Na semana, o dólar tem valorização de 1,16 por cento. No mês, a queda ainda é de 3,13 por cento.

No começo do dia, já pesavam sobre o mercado internacional a decepção com a confiança empresarial da Alemanha, os comentários pessimistas do presidente do Banco da Inglaterra, e a cautela antes do depoimento de quarta e quinta-feiras do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, ao Congresso.

O humor só piorou mais tarde com a divulgação de que a confiança do consumidor nos Estados Unidos caiu em fevereiro para o menor nível em 10 meses e que os preços das moradias nas 20 principais regiões metropolitanas diminuíram em dezembro.

"Com essas incertezas, está todo mundo buscando os títulos do Tesouro norte-americano. Com exceção do iene, todas (as moedas) estão caindo ante o dólar", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.

A aversão a risco impactava também as commodities, com queda de 1,6 por cento, e as ações brasileiras, com baixa de 2 por cento do Ibovespa.

Internamente, o resultado das contas externas do governo em janeiro teve pouca influência sobre os negócios.

Segundo o Banco Central, o déficit em transações correntes cresceu menos que o esperado no mês: 39 por cento, para 3,8 bilhões de dólares. Por outro lado, o fluxo cambial em fevereiro passou para o negativo, com saída líquida de 269 milhões de dólares no mês até o dia 19.

O mercado também recebeu sem alarde a notícia de que o Conselho Deliberativo do Fundo Soberano foi criado pelo governo em decreto na segunda-feira. A medida é necessária para que o fundo possa atuar no mercado de câmbio --possibilidade que ajudou a sustentar a alta do dólar ao longo de janeiro.

"Acho que só vai começar a pegar (na taxa de câmbio) se eventualmente eles começarem a atuar no mercado. Fica como uma carta na manga", comentou Battistel.

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