• Carregando...

A possibilidade de uma piora na balança comercial continua a preocupar o mercado e os políticos em Brasília, afirma o economista John Welch, da equipe de analistas do Banco Itaú em relatório que a instituição distribuiu a seus clientes neste final de semana. O foco da preocupação, de acordo com o economista, concentra-se no efeito da queda dos preços de commodities sobre as exportações. Como as commodities representam 62% das exportações brasileiras, a preocupação é legítima, diz Welch. "Mas as commodities representam também 43% das importações. Consequentemente, quando analisamos o efeito sobre o saldo, temos que olhar não só o efeito dos preços de commodities sobre as exportações, mas também sobre as importações", pondera.

Certamente, explica o economista do Itaú, os preços das exportações subiram muito nos últimos cinco anos até o terceiro trimestre do ano passado. Desde então, despencaram. Os preços das importações, por sua vez, tiveram um comportamento parecido. Subiram numa velocidade quase igual à dos preços das exportações e agora estão desabando da mesma forma.

Isso significa que os termos de troca, que são os preços de exportações, importações e a razão entre eles, estão passando por processo de ajuste. Aumentaram desde 2004, mas muito menos que os preços das exportações e nem chegaram ao pico dos anos 90. E a queda recente dos termos de troca também é muito menor que a baixa dos preços das exportações. "Assim, nossa projeção de uma queda de 27% na média para o índice CRB de commodities corresponde a uma queda de somente 7% nos termos de troca", diz o relatório.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]