A presença de pirataria no mundo dos softwares, não é novidade. Mas o acúmulo de perdas por conta desta prática vêm preocupando as empresas brasileiras que desenvolvem programas para computador.

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Na semana passada, durante encontro em Curitiba para capacitação de agentes públicos no combate à pirataria, a secretária executiva do Grupo de Trabalho Antipirataria da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Renata Faro, explicou que o mercado brasileiro de software e serviços ocupou em 2007 a 12ª posição no mercado mundial, tendo movimentado aproximadamente US$ 11,12 bilhões. Mas com o elevado índice de pirataria, que chega a 59% dos softwares utilizados, Renata diz que o Brasil perdeu cerca de US$ 1,6 bilhão no ano passado – um valor que cresceu US$ 500 milhões na comparação com 2006.

A notícia positiva para as indústrias nacionais é o crescimento da participação de programas de computador desenvolvidos no país, que ficou em 33,6% do total do mercado. Um aumento de sete pontos porcentuais em três anos.

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A estimativa é de uma participação crescente dos softwares desenvolvidos no Brasil, que deve chegar a 40% até 2010. "Contamos com aproximadamente 8 mil associadas e 94% delas são micro ou pequenas empresas, que sofrem ainda mais com a pirataria e podem fechar suas portas", afirma Renata.

Segundo a Abes, o curso para os agente públicos reuniu guardas municipais, policiais militares, civis e federais, além de fiscais da Receita Federal, e mostrou formas de conter o crime de pirataria. "Nossa intenção é incentivar a repressão. Às vezes percebemos desinteresse dos policiais, por este crime ser socialmente aceito", completou Renata. (DN)