Como é costume todos os anos, o governador Beto Richa vai sancionar o novo salário mínimo regional durante as comemorações do Dia do Trabalho. O documento será assinado às 15 horas deste domingo na Praça Nossa Senhora da Salete, em frente ao Palácio Iguaçu, durante o evento promovido anualmente pela Força Sindical do Paraná. Também estará presente o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e os senadores Roberto Requião e Gleisi Hoffmann.
O piso estadual, composto de quatro faixas salariais, terá um aumento de 6,9%, passando a variar de R$ 708,14 a R$ 817,78. O mínimo regional serve de referência para as categorias profissionais sem convenção ou acordo coletivo de trabalho.
A maioria das centrais trabalhistas concordou com o porcentual de aumento, desde que governo se comprometesse a discutir um sistema fixo de reajuste de salário, como é feito com o mínimo nacional.
A Central Única de Traba-lhadores (CUT) foi a única que não entrou em acordo. Segundo a central, a política de reajuste deve ser baseada no índice da inflação acumulada nos últimos doze meses e na variação do PIB do Paraná do ano anterior. Dessa forma, o índice defendido pela CUT para 2011 é de 14,84%.
O presidente da CUT, Roni Barbosa, não acredita que a comissão de reajuste permanente será implantada.
"Se isso fosse acontecer, já teria acontecido. Não seria necessário esperar 120 dias. Tenha convicção de que o reajuste permanente não sai. O governo recuou e está dando voz aos empresários no estado. Estamos bastante descrentes."
Reivindicação
Além da questão salarial, as centrais sindicais usam o Dia do Trabalho para discutir outras questões trabalhistas. A CUT colocou em pauta as questões do trabalho decente, ao fim do imposto sindical, e a garantia da segurança alimentar. A Força Sindical pretende discutir a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; redução da taxa de juros; igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres; reforma agrária; a questão do trabalho decente; valorização do serviço público e do servidor público; e educação profissional.