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Aviação

Plano de ajuda ao setor aéreo começa a ser estruturado

Um possível plano do governo para ajudar as companhias aéreas começa a ser estruturado. A Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) entregou recentemente para a Secretaria de Aviação Civil (SAC) um relatório com dados econômico-financeiros das empresas. Segundo o diretor-presidente da agência, Marcelo Guaranys, o documento traz também informações sobre o desempenho do setor, que tem sofrido com os aumentos de custo do querosene de aviação.

"[A partir da entrega do relatório], o ministério pode ter informações para poder pensar em um plano para ajudar as empresas", disse Guaranys hoje durante vistoria no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A SAC pediu também para o BNDES um estudo de ajuda financeira para as companhias aéreas. Em abril, o ministro Moreira Franco, à frente da pasta, afirmou que o setor precisa de companhias fortes no país.

Slots

Guaranys afirmou ainda que até o fim do semestre vai entregar o resultado da audiência pública, realizada no início do ano, sobre as novas regras de distribuição de "slots" (espaços para pousos e decolagens). A medida irá atingir aeroportos que estão saturados ou que têm grande relevância para a malha aérea nacional.

O governo quer incentivar a melhor utilização dos slots pelas companhias aéreas. O uso inadequado da estrutura aeroportuária será penalizado. Após a entrega do relatório, a diretoria da Anac irá votar as novas regras. "Recebemos mais de 300 manifestações. Estamos recebendo item por item dizendo porque incorporamos ou não [as regras dos slots]".

Segundo ele, as regras valerão para qualquer aeroporto que está em situação de saturação, como Congonhas. "Pode ser para o aeroporto todo ou para determinadas faixas horárias. Em Brasília, por exemplo há algumas faixas congestionadas".

Hoje há autorização em Congonhas para 30 voos por hora da chamada aviação comercial (de grandes empresas como TAM e Gol) e quatro para a aviação geral (como jatos executivos e táxis aéreos).Sobre Congonhas, Guaranys disse que que a real capacidade do aeroporto está sendo estudada. "[Estamos avaliando] qual é essa capacidade de fato para a gente oferecer a população, mantendo as condições de segurança e de qualidade do aeroporto".

Plano de Contingência

A Anac vai entregar até o fim do mês um plano de contingência para os aeroportos Santos Dumont (Rio) e Congonhas (São Paulo), que têm tido problemas frequentes."É importante que o passageiro tenha informação do que vai acontecer, que melhore o fluxo de informação, que tanto a empresa aérea quanto o aeroporto passem para o passageiro o que vai acontecer e qual a possibilidade de acomodação", disse Marcelo Guaranys, após vistoria no aeroporto do Galeão.

Ele afirmou que é importante passar ao passageiro a informação mais completa sobre o status de seu voo. O plano será inicialmente aplicado em Congonhas e Santos Dumont, mas poderá ser estendido para outros aeroportos.

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