Congressistas da Câmara dos EUA revelaram detalhes dos gastos do plano de estímulo de US$ 825 bilhões, desenvolvido em conjunto com o presidente eleito Barack Obama.
O projeto inclui US$ 275 bilhões em corte de impostos e cerca de US$ 550 bilhões em financiamento para infraestrutura, investimentos em energia limpa, maior ajuda aos governos estatais e aos mais afetados pela severa desaceleração da economia .
As provisões detalhadas de gastos foram divulgadas pelo Comitê de Verbas da Câmara. Os detalhes sobre os créditos tributários a serem incluídos no projeto devem ser divulgados em breve pelo Comitê de Meios e Recursos da Câmara.
Crise
O objetivo do pacote é colocar milhões de desempregados de volta ao mercado e reativar a economia americana, que passa pela pior crise desde a Grande Depressão da década de 1930
O senado está desenvolvendo dua própria versão do plano, e é esperada uma intensa disputa política no Congresso ao longo das próximas semanas, tanto entre os partidos democrata e republicano quanto entre a nova administração e o Congresso. A expectativa é que o pacote seja votado até a metade de fevereiro. Impostos
O projeto inclui US$ 275 bilhões em cortes de impostos, ligeiramente abaixo dos US$ 300 bilhões propostos inicialmente por Obama. Congressistas da Câmara cortaram algumas das propostas, para que as provisões tributárias coubessem no pacote de US$ 825 bilhões.
O projeto corta os impostos para muitos trabalhadores este ano por meio de um crédito tributário de US$ 500 que será gerado por meio da redução do imposto retido na fonte, uma proposta-chave de Obama.
Créditos
A proposta também tornará o crédito tributário de US$ 1 mil por criança totalmente reembolsável para todos os pais, independentemente do nível de renda ou impostos devidos. Atualmente, esse crédito é limitado àqueles que estão na base da faixa de renda, com dívida tributária federal total inferior a US$ 1 mil.
Para as empresas, o pacote permitirá que as que tiverem prejuízo este ano recebam reembolso por impostos pagos retroativos até 2003. As regras tributárias atuais permitem que as perdas sejam retroativas a apenas dois anos. O projeto elevará ainda o limite sobre a quantia que as pequenas empresas poderão gastar com novas compras de equipamento.
Investimentos
Serão alocados US$ 90 bilhões em projetos de infraestrutura, que incluirão reparos em estradas, pontes e sistemas de esgoto; reformas em prédios federais e melhorias para torná-los mais eficientes em termos de energia; e projetos de trânsito público.
Para os mais afetados pela recessão prolongada, haverá US$ 43 bilhões em benefícios de seguro-desemprego estendidos e para pagar treinamentos para os desempregados; US$ 39 bilhões para pagar custos médicos de curto prazo para os que perderam o seguro-saúde como resultado da perda de emprego; e US$ 20 bilhões para aumentar o financiamento para vale-alimentação.