O Plano Agricola e Pecuário (PAP) para a safra 2011/12 terá reajuste de 7% para a agricultura comercial. O orçamento será de R$ 107 bilhões, disse ontem o ministro da Agricultura, Pecu­ária e Abastecimento, Wagner Rossi. Na semana passada, foi divulgado que o valor da agricultura familiar, por sua vez, será mantido em R$ 16 bilhões.

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A divulgação do PAP em detalhes deve ocorrer no início de junho, conforme o ministério. Rossi havia informado que o plano estaria pronto em maio, o que não ocorreu. O governo nega que a discussão do Código Florestal esteja atrapalhando a definição do PAP.

Segundo Rossi, o valor da agricultura comercial será ampliado e haverá incentivos extras à produção de cana para açúcar e etanol, à cadeia do suco de laranja e à pecuária. O governo afirma estar preocupado com a baixa produtividade dos canaviais, a volatilidade do suco de laranja e com a renovação das pastagens.

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Os recursos do PAP ficam disponíveis aos produtores rurais pelos bancos a juros menores que os de mercado. O governo cobre a diferença com recursos públicos. No caso da agricultura familiar, os juros para investimentos foram reduzidos pela metade e vão partir de 0,5% ao ano na próxima safra. Os juros aplicados à agricultura comercial, que até a última safra atendiam ao padrão de 6,75% ao ano, ainda não foram revelados. Segundo o governo, perto de 95% dos R$ 116 bilhões oferecidos na safra 2010/11 foram aplicados.

O PAP passa por avaliação no Conselho Monetário Nacional (CMN). Os conselheiros discutiram ontem a definição de preços mínimos regionais, publicados pelo Ministério da Agricultura. Além disso, fizeram ajustes no Progra­ma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em programas de investimento com recursos do Banco Nacional de Desenvol­vimento Econômico e Social (BNDES) e nas normas seguidas pelos programas de financiamento. As mudanças serão publicadas no próprio PAP e entram em vigor a partir de 1.º de julho.