Os planos de previdência privada renderam do piso de 13,11%(atrelados ao DI) até o teto de 21,02% (com ações) nos últimos 12 meses encerrados em outubro, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Os fundos correspondentes de DI e os que acompanham a variação do Ibovespa, o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, tiveram ganhos de 16,03% e 29,82%, respectivamente.
Vale destacar, contudo, que os fundos de previdência com renda variável não se apropriam integralmente do ganho da Bolsa de Valores, porque o limite máximo para investimento em ações nestes fundos é de 49% dos recursos totais aplicados.
Já os planos de previdência de renda fixa e os balanceados obtiveram rentabilidade de 16,10% e 17,94% em 12 meses. Em outubro, na comparação apenas entre os fundos de previdência, o de melhor desempenho foram os que têm maior exposição ao mercado de renda variável, com alta de 3,13%, seguidos pelos balanceados (algum percentual de ações na carteira), com 2,51%, pelos de renda fixa(1,12%) e, por fim, os de DI (0,91%).
Fabio Colombo, administrador de carteira independente, explica que a diferença de ganho entre os planos e os fundos de investimento tem relação direta com as taxas de administração.
- Comparando-se banana com banana, ou seja, plano de previdência e fundo de investimento com a mesma carteira de ativos, o que faz a diferença são as taxas de administração cobradas pelas instituições financeiras - explicou ele.
Até outubro, os fundos de previdência privada superaram com folgas o desempenho da poupança. No ano, a caderneta rende quase 7% até outubro, e os fundos de previdência, quase 12%, na média. A perspectiva de queda dos juros, porém, pode fazer a poupança melhorar seu desempenho perante os fundos atrelados a renda fixa ou DI nos próximos meses.
