Tema militar criou o clima no último encontro do PME em 2014| Foto: Rubens Nemitz Jr

O segundo ciclo de palestras do projeto PME em Pauta, da Gazeta do Povo, foi encerrado na semana passada com apresentações que destacaram a resiliência e a flexibilidade que os empreendedores precisam ter para progredir. Realizado em parceria com a Endeavor Brasil e com patrocínio da FAE e da Itaipu Binacional, o PME em Pauta foi lançado em 2013 e neste ano teve dois encontros em Curitiba – o primeiro foi em junho.

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O encontro da última terça-feira trouxe experiências bastante diversas, mas que foram marcadas pela necessidade de adaptação. Alexandre Stival, da Stival Alimentos, Diogo Reis, da Asteroide Filmes, Rogério Gabriel, do Grupo Prepara, e Luiz Otávio Leão, da Serra Graciosa Participações, contaram como a busca pela inovação e por alternativas em momentos de crise foram cruciais para a sobrevivência.

"Gosto de inovação e tento dar sequência nisso na empresa", contou Alexandre Stival. "E o que não dá para criar, a gente copia. Principalmente se o concorrente vende bem", brincou.

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Mesmo em empresas que prestam serviços, essa vontade de inovar para acelerar o crescimento dá resultados. No caso da Asteroide Filmes, os sócios montaram um modelo de atendimento direto aos clientes. "Com isso ganhamos experiência e abrimos o mercado para crescer. Agora, partimos para projetos autorais", explicou Diogo Reis.

O caso do Grupo Prepara mostrou uma renovação ainda mais radical. A empresa surgiu nos anos 1990 como uma loja de computadores, mas o negócio não resistiu à entrada dos grandes varejistas. "Chegamos a ter dez lojas . Mas o mercado mudou e chegou um momento em que tínhamos uma dívida de R$ 10 milhões", lembrou Rogério Gabriel. A reviravolta veio quando ele buscava uma saída para essa dívida – e ela estava dentro da própria empresa. O departamento de treinamento foi transformado em um novo negócio e hoje o Grupo Prepara está entre os maiores na área no país.

Luiz Otávio Leão, que passou pela administração da Matte Leão antes de ela ser vendida para a Coca-Cola, lembrou como a empresa centenária precisou se reinventar três vezes. Ela inovou ao lançar o "mate tostado", o mate preparado em copinhos e precisou adotar uma gestão profissional quando a terceira geração assumiu o negócio. "A empresa chegou a ter 18 diretores. Foi preciso dar um basta e mudar a gestão."