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Dado positivo

PMI industrial do Brasil sobe para 50,2 em dezembro, apura o HSBC

O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Brasil, divulgado na manhã desta sexta-feira (2) pelo HSBC e pela Markit, subiu para 50,2 em dezembro, vindo de 48,7 em novembro. Essa é a primeira vez que o indicador retorna ao patamar de crescimento (acima de 50) desde agosto do ano passado.

Segundo comunicado do HSBC, o indicador demonstra que o "setor industrial (do País) mostrou sinais de vida, embora por um ritmo marginal". A média do PMI para o quarto trimestre (49,3) continua indicando uma retração do setor. Foi mais baixa do que a observada no terceiro trimestre do ano passado.

O resultado foi influenciado, em grande parte, pela retomada de crescimento do volume de novos pedidos e do nível de empregos, o que levou a uma contração mais lenta da produção, segundo o HSBC e Markit. Em dezembro, foi a primeira vez em nove meses que os volumes de pedidos recebidos se fortaleceram, ainda que em um ritmo moderado.

Os volumes de pedidos estrangeiros se fortaleceram pela primeira vez, encerrando um período de declínio de três meses. Tanto na demanda doméstica quanto na externa, o subsetor de bens de investimento liderou os três grupos de mercado.

O relatório destaca que o nível de produção do setor industrial brasileiro em dezembro caiu pelo quarto mês consecutivo. Entretanto, a taxa de contração diminuiu, atingindo seu ponto mais lento na sequência atual.

Outra boa notícia do indicador em dezembro é o fato de a criação de empregos industriais ter ficado evidente, ainda que tímida, pela primeira vez desde julho do ano passado. O subsetor que registrou crescimento de vagas foi o de bens de capital.

Outro ponto positivo foi o fato de a indústria brasileira ter aumentado suas compras de insumos em resposta aos registros mais fortes de pedidos em dezembro. É preciso dizer que a taxa foi, igualmente a outros indicadores, pequena. Como resultado, os estoques de insumos cresceram marginalmente após três meses consecutivos de redução. Os estoques de produtos finais também aumentaram por um ritmo mais modesto durante o mês.

A depreciação do real frente o dólar levou a uma elevação do custo de insumos em dezembro. Esse resultado não foi importante o suficiente para aumentar a pressão inflacionária. No mês passado, a inflação foi moderada, com as tarifas crescendo por um ritmo mais fraco. "Os produtores de bens de investimento registraram os crescimentos mais rápidos tanto de custos de insumos quanto de preços cobrados", diz o relatório.

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