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Protesto contra G-20

Polícia confirma prisão de 480 pessoas

Quase 500 pessoas foram detidas em Toronto neste final de semana durante e depois de violentos protestos realizados contra a cúpula do Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo).

Na manhã deste domingo (27), a polícia deteve 480 pessoas e as mantém numa instalação no leste da cidade. São esperadas mais prisões. "A polícia vai continuar a avaliar o período mais apropriado para deter pessoas individualmente", disse Jillian Van Acker, assessora de imprensa da Unidade de Segurança Integrada, que reúne várias forças policiais. "Esperamos que o número aumente."

A polícia deteve cerca de 75 pessoas que se dirigiam para os locais de eventos no sábado. A passeata, liderada por uma coalizão de grupos de trabalhadores e de defensores dos direitos sociais, começou de forma pacífica mas se fragmentou e foi dominada por vários grupos de jovens violentos. Armados com paus e pedras, vestidos de preto e com os rostos cobertos com bandanas vermelhas, os pequenos grupos quebraram e incendiaram vários veículos policiais, jogaram garrafas e lixo nos oficiais e quebraram janelas de lojas, bancos e cafeterias no centro da cidade.

A polícia ainda não saiba o número de acusações formalizadas, mas elas vão de perturbação do sossego, obstrução ao trabalho da polícia, agressão, distúrbios, danos e participação em assembleia ilícita.

Uma emissora de televisão informou que alguns dos manifestantes foram detidos quando saíam do sistema de esgoto no centro de Toronto. Isso fez com que as autoridades soldassem várias tampas de bueiros.

Van Acker disse que ocorreram protestos esporádicos na cidade durante a noite e que a polícia previa a realização de mais manifestações durante o dia. Ela disse que a polícia não fez estimativas dos danos causados, mas as pessoas envolvidas sofreram apenas ferimentos leves.

A Rede de Mobilização Comunitária de Toronto, um grupo abrangente que ajudou a organizar os protestos durante o mês que antecedeu a cúpula do G-20, anunciou em seu site que vai realizar neste domingo uma "manifestação de solidariedade aos prisioneiros" no local onde os manifestantes estão detidos. Segundo a organização, cerca de 300 de seus "aliados" são mantidos no local.

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