Atualizado em 16/08/2006 às 18h49
A polícia do Paraná investiga a possível participação de fiscais do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) em uma quadrilha que frauda combustíveis. Nesta quarta-feira (16) o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), da Polícia Civil, cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão simultaneamente em Maringá, no Noroeste do estado, e em Curitiba.
A operação, batizada de "Libra", apreendeu documentos, aparelhos de medição e anotações pessoais dos dois fiscais na sede do Ipem, na capital. Em Maringá, também foram retidos documentos, que podem comprovar irregularidades, em três postos de gasolina e um escritório da rede Juninho.
Segundo reportagem do Paraná TV, Escutas telefônicas revelam que os dois fiscais aceitavam dinheiro para não lacrar bombas irregulares, que vendiam menos combustível do que era cobrado, e não emitir multas.
Os mandados são conseqüência de dois anos de investigação sobre um grupo de proprietários de postos de gasolina envolvidos em diversos crimes além da corrupção de agentes públicos. A polícia acredita que o grupo também sonegava impostos, comprava álcool diretamente de usinas -- sem passar por distribuidores, como manda a lei -- e formou um cartel para controle de preços.
Providências
Segundo o diretor-presidente do Ipem, Marco Antônio Lima Berberi, as investigações serão acompanhadas, para que sejam tomadas as providências necessárias se o envolvimento dos funcionários for comprovado. "Trata-se de um caso isolado", garante ele.
O presidente do Sindicombustíveis do Paraná, Roberto Fregonesi, conta que o esquema não é novo. "O sindicato já vinha denunciando isso há muito tempo. Eles vendiam um litro de 900 mililitros", afirma.
Segundo reportagem do Paraná TV, a polícia ainda procura sete pessoas que também participavam do esquema.
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