Carro novo fica mais barato
Depois de dez meses consecutivos de alta, o carro zero quilômetro ficou mais barato em setembro. De acordo com pesquisa da agência especializada AutoInforme e da consultoria de seguros Molicar, o preço médio dos veículos novos caiu 0,47%, interrompendo uma seqüência de altas iniciada em novembro de 2006. De janeiro a setembro, os veículos acumulam alta de 2,25%. De acordo com a pesquisa, os modelos importados ficaram mais baratos em setembro, por conta da queda do dólar. A maior redução individual foi a do modelo Volkswagen New Beetle automático (8,93%), enquanto a marca que mais reduziu seus preços foi a luxuosa Porsche (-8,16%). (FJ)
Os resultados do pólo automotivo paranaense, terceiro maior centro produtor de veículos do país, voltaram a superar o desempenho da indústria brasileira. Em setembro, as montadoras de Curitiba e região metropolitana acompanharam a tendência nacional e venderam menos que no mês anterior, que teve mais dias úteis. Mas, em relação aos dados do ano passado, quase todas as paranaenses estão crescendo acima da média, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No mercado de automóveis e comerciais leves que caiu 13% sobre agosto mas cresceu 29% em relação a setembro de 2006 e 28% no acumulado do ano , o destaque é a Nissan. O desempenho da marca japonesa é discreto em números absolutos, mas proporcionalmente ela está entre as montadoras que mais crescem no país: vendeu 1.096 veículos no mês passado, com alta de 8% sobre agosto e de 155% sobre setembro de 2006. Desde o início do ano, acumula vendas de 6,6 mil veículos um avanço de 61% sobre os nove primeiros meses de 2006, segundo a Anfavea.
Com 6,9 mil carros vendidos em setembro, a Renault que divide o complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, com a Nissan apresentou queda mensal de 9%. Em relação ao mesmo período do ano passado, no entanto, a marca francesa acumula resultados bastante expressivos, o que faz de 2007 seu melhor ano desde que começou a produzir veículos no Brasil. Na comparação com setembro de 2006, o avanço foi de quase 60% e, no acumulado dos nove primeiros meses, a alta é de 38%.
A montadora informou que seu grande destaque no mês passado foi o Mégane Grand Tour, "que conquistou a liderança no ranking de vendas do segmento de peruas médias com a marca de 511 unidades comercializadas". Lançado na metade do ano, o sedã Logan vendeu 1.750 unidades em setembro desempenho 20% inferior ao do mês anterior, mas, segundo a Renault, "acima da previsão inicial de 1,5 mil carros por mês". Os consumidores ainda enfrentam fila de espera para comprar o carro, mas os resultados do mês passado podem ter sido afetados pelo anúncio do recall do pedal de freio de 1.623 unidades do veículo.
No comércio exterior, a empresa também supera a concorrência. Enquanto a indústria brasileira registra queda de 3% nas exportações, a Renault mais do que dobrou seus embarques foram 22,5 mil veículos desde janeiro. De acordo com a montadora, as exportações foram alavancadas pela exportação do Logan para Argentina e México.
A Volkswagen, que tem fábrica em São José dos Pinhais, também caiu no mercado interno de agosto para setembro (-11%), mas suas vendas avançaram quase 44% na comparação com setembro de 2006 e 32% no acumulado do ano. Esses dados, no entanto, incluem os resultados das duas fábricas paulistas da marca alemã nem Anfavea nem Volkswagen divulgam resultados separados por fábrica.
Fabricante de máquinas agrícolas, a Case New Holland (CNH), da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), ainda está distante de suas melhores temporadas, mas comemora a recuperação do agronegócio brasileiro com um salto de 57% nas vendas de tratores e de 122% nas de colheitadeiras, desde o início do ano.
Também instalada na CIC, a Volvo segue bem no mercado de caminhões, com crescimento de quase 27% no ano, pouco abaixo do desempenho médio do segmento. No mercado de ônibus, as vendas no mês passado se igualaram às de setembro de 2006, mas no acumulado do ano a montadora amarga forte queda de 50%.
Greve
No mês passado, funcionários da Volks, da Renault e da Nissan ficaram em greve por uma semana, mas, segundo consultores do setor, a paralisação não comprometeu a oferta de veículos. Cerca de 6,5 mil automóveis deixaram de ser fabricados (3,3 mil na Volks, 2,8 mil na Renault e 360 na Nissan), de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos.
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