Resultado de ontem foi o primeiro incluindo dados do Ponto Frio, comprado em 2009| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Estratégia

Rede mira estados nordestinos

Agência Estado

O Pão de Açúcar pretende estar "rapidamente" presente em todos os estados nordestinos, segundo o diretor vice-presidente executivo de Negócios de Varejo da companhia, José Roberto Tambasco. "Já estamos presentes com supermercados em alguns estados, mas não em eletroeletrônicos", afirmou ontem, em teleconferência. Ele evitou, porém, dar mais detalhes sobre a expansão na região, assim como para os planos de inaugurações de lojas das bandeiras Ponto Frio e Casas Bahia pelo país.

Segundo ele, recentemente a empresa ingressou sua primeira loja em Teresina (PI) e irá expandir pontos de venda este ano em Pernambuco, com a bandeira Assai. "Queremos aumentar nossa fatia nestes mercados", afirmou Tambasco, destacando o recente processo de aceleração da abertura de lojas das Casas Bahia no estado da Bahia.

O diretor-executivo financeiro do Pão de Açúcar, Antônio Filippo, afirmou que, após os investimentos de R$ 389,4 milhões aplicados no primeiro semestre, a companhia já conta com mais R$ 800 milhões compromissados para a segunda metade do ano. Filippo ainda disse prever para o quarto trimestre deste ano a inclusão dos resultados da Casas Bahia no balanço consolidado do Pão de Açúcar. "Antes, temos uma série de eventos societários para cumprir", afirmou.

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O Grupo Pão de Açúcar teve lucro líquido de R$ 188,5 milhões no primeiro semestre, incluindo as operações da rede Ponto Frio, de acordo com os dados divulgados ontem. O resultado é 6,3% inferior ao obtido no mesmo período em 2009. No segundo trimestre, o resultado foi pior: queda de 52,6% em comparação com os meses de abril a junho de 2009 – sem considerar o Ponto Frio, a queda do lucro no trimestre teria sido de 37,4%.No acumulado de abril a junho, as vendas brutas do grupo totalizaram R$ 7,82 bilhões, com crescimento de 11,5%. Nesse intervalo, foram abertas 13 novas lojas, das quais dez foram em São Paulo, e o grupo encerrou o segundo trimestre com 1.102 unidades. No semestre, o faturamento foi de R$ 15,6 bilhões, com expansão de 15,5%. Os resultados não incorporam os números da Casas Bahia.

Segundo o relatório de administração que acompanha o balanço, o lucro líquido do período foi impactado pelo efeito extraordinário da adesão ao programa de parcelamento de impostos. Esse valor líquido de Imposto de Renda e do efeito de participação de minoritários totaliza R$ 44,5 milhões, conforme o relatório. Desconsiderando esse valor, o lucro líquido ajustado seria de R$ 127 milhões, o que re­­presentaria uma redução de 3,6%.

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O Ebitda consolidado (medida de geração de caixa) totalizou R$ 394,9 milhões, o que significou uma alta de 14,4% sobre o mesmo intervalo do ano passado, enquanto a margem Ebitda encerrou o período em 5,7%, queda de 1,2 ponto porcentual. Sem o Ponto Frio, o Ebitda avançou 4,2%, para R$ 359,7 milhões, com margem de 6,4%.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 6,977 bilhões no segundo trimestre, alta de 39,4% sobre o mesmo intervalo de 2009. Excluindo-se as operações do Ponto Frio, as vendas líquidas no período cresceram 12,7%, para R$ 5,641 bilhões. As vendas apenas por meio da internet, pelos sites Pontofrio.com.br e Extra.com.br, cresceram 45,4%.