O baixo movimento nos restaurantes e nos ho-téis não e devem a falta de atrativos da cidade, segundo o secretário municipal de Turis-mo, Luiz de Carvalho. Ele discorda de quem acredita que o turista freqüenta a cidade nesta época do ano sem interesse em passear, só em pernoitar. "Curitiba não é só um ponto de passagem. As pessoas vêm aqui para ficar, conhecer a cidade."

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Nem a prefeitura, nem a Paraná Turismo ou as entidades ligadas ao setor apresentam dados de freqüência mensal de turistas na capital paranaense. A Secretaria de Turismo afirma que a cidade re-cebe, em média, 200 mil turistas ao mês, mas não é possível saber em que época do ano as visitas são mais fracas ou mais altas. "Na Torre da Brasil Telecom, por exemplo, um dos melhores meses de visitação é janeiro. As pessoas vêem a cidade vazia e pensam que não tem turista, mas quem saiu foram os curitibanos, não os visitantes", afirma Carvalho. Ele frisa que a cidade tem parques e museus muito interessantes para a visitação e que, embora exista uma queda na programação cultural, há programação noturna e locais para entreter o turista. "Existem atrações, só não é uma variedade tão grande como no resto do ano."

Motivo da visita

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De acordo com a Paraná Turismo, em 2005 a principal motivação de viagem dos visitantes de Curitiba foi o turismo de negócios, com 40,5% do total de turistas. Em segundo lugar vinha a visitação a parentes e amigos (30,3%) e, em terceiro, o lazer (19,3%). Outros motivos, como saúde, compras e eventos, compõem o restante das opções. "Via de regra, no mercado de turismo, se existisse algum evento, ha-veria mais movimento", propõe o presidente do Sindi-cato de Hotéis, Restau-rantes, Bares e Similares de Curitiba (Sindoteis), Emer-son Jabur.

Para os hotéis, os parques e museus da capital não são suficientes para que o turista fique aqui por um bom tempo. "O único apelo turístico de Curitiba é na área de negócios, por causa da infra-estrutura hoteleira. A cidade, para quem procura lazer, é interessante, ainda que não turística, mas em dois dias ele viu tudo o que queria", analisa o consultor da rede San Juan, José Alfredo Ri-bas. Já o gerente-geral do hotel Pestana, Joaquim Paz, diz que o turismo de negócios ajuda a movimentar parte do turismo de lazer. "A cidade é mais interessante do que o próprio curitibano avalia. O executivo vem para o congresso e depois volta para conhecer melhor a cidade com a família. Mas é uma visita de fim de semana." (PK)