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Pnad

População de baixa renda eleva para mais de 50% proporção de pessoas com celular

Os telefones celulares estão mais acessíveis a classes de renda e escolaridade mais baixas, que foram responsáveis por elevar de 36,6% para 53,8%, a proporção de brasileiros com um aparelho móvel, entre 2005 e 2008. Os dados constam de pesquisa divulgada nesta sexta(11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao apresentar dados dos grupamentos ocupacionais, a pesquisa destaca que subiu 23,4 pontos percentuais a proporção de trabalhadores domésticos com celular; 19,5 pontos percentuais a proporção de trabalhadores na construção civil com o aparelho e 12,3 pontos percentuais, a utilização do móvel por pessoas ligadas atividade agrícola.

Embora as ocupações que exigiam maior nível instrucional apresentem percentuais mais elevados de pessoas com celular todos ultrapassam 89% - o crescimento desses níveis foi menor. Na administração pública, um dos maiores avanços entre as faixas de renda mais alta, o percentual subiu 16,5 pontos percentuais.

De acordo com a economista do IBGE Maria Lúcia Vieira, as pessoas com menor renda podem ser consideradas um motor na expansão no número de pessoas com celular no país. De 2005 a 2008, esse número passou de 56 milhões para 86 milhões. As maiores faixas de renda já tinham celulares, então, obviamente, [a taxa] cresce entre as que não têm, afirmou.

Vemos vários crediários, às vezes, promoções que distribuem celulares. A utilização do instrumento é mais fácil que um computador. Além disso, o pedreiro, o estofador, o mecânico, o trabalhador por conta própria têm o celular para se relacionar com a clientela, explicou.

De acordo com o Suplemento sobre o Acesso Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, que consolida dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), 86 milhões de brasileiros têm um celular, sendo que o percentual é maior na Região Centro Oeste (64,3%). No Distrito Federal, o índice chega a 75,6% da população.

As regiões Norte e Nordeste têm a menor proporção de moradores com os aparelhos: 45,4% e 41,2%, respectivamente. Entretanto, a Região Norte foi a que apresentou o maior crescimento em pontos percentuais. A pesquisa destaca ainda que, em quase todos os estados nordestinos, a posse de celular não atingiu nem a metade da população, em 2008, com exceção de Sergipe.

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