Viajantes que acompanham as movimentações do dólar podem ter assustado com a informação de que nesta sexta-feira (8) o valor da moeda para o turista bateu R$ 4,30 para compra de cartão pré pago durante o período da manhã. Enquanto isso, o valor “oficial” do dólar comercial estava consideravelmente mais baixo, em R$ 3,82. À tarde, já estava a níveis mais baixos graças à intervenção do Banco Central.
Essa aparente aberração não ocorre sem motivo: o valor cobrado para o papel moeda para pessoa física embute valores administrativos proporcionalmente mais altos primeiramente porque o volume transacionado é menor do que o existente em operações feitas por bancos e instituições financeiras. Além disso, as corretoras têm suas próprias taxas transacionais.
Para adquirir moedas, o turista também precisa se dirigir a uma casa de câmbio – que, para operar, tem custos com transporte, segurança e manutenção em cofres, manutenção da loja ou serviço digital. Adicionalmente, precisa de uma margem de lucro. Por isso, além de o dólar turismo ser mais alto, o valor muda de endereço para endereço.
Uma pesquisa rápida no comparador Melhorcambio mostrou nesta sexta uma variação do preço entre R$ 3,97 e R$ 4,02 para o papel e um valor mínimo de R$ 4,17 para o cartão pré pago, tudo incluindo IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Esses valores correspondem ao VET (Valor Efetivo Total), que já contabiliza a taxa de câmbio, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente e as tarifas eventualmente cobradas na operação. Todas as instituições autorizadas a vender moeda estrangeira são obrigadas a informar o VET ao Banco Central, que disponibiliza um ranking para facilitar a consulta do comprador.
O Banco Central proíbe que a pessoa física faça compras com dólar comercial, ou seja, sem a intermediação de instituições autorizadas. Este valor é calculado de acordo com a média das movimentações entre empresas, referentes tanto à contratação e oferecimento de serviços como à compra e venda de produtos.
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