Com a renda em baixa, e com o atual ciclo de alta dos juros básicos e do dólar tornando outros investimentos mais atrativos, a caderneta de poupança teve o pior desempenho mensal da história em março. Mais do que isso, os resgates R$ 11,438 bilhões superiores aos depósitos no mês passado são maiores que a cifra negativa de um ano todo. Em 1999, por exemplo, o volume de retiradas líquidas no acumulado do ano foi de R$ 8,769 bilhões. Em 2000, o resultado ficou negativo em R$ 7,541 bilhões.

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De acordo com dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira, 07, apenas entre 9 e 13 de março, foram resgatados R$ 7,552 bilhões. Com o resultado de março, o saldo total da poupança ficou em R$ 650,290 bilhões, já incluindo os rendimentos do período, no valor de R$ 3,538 bilhões. Os depósitos na caderneta em março somaram R$ 159,660 bilhões, enquanto as retiradas foram de R$ 171,098 bilhões.

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O Banco Central começou a compilar os dados atuais em 1995. Até o dado divulgado hoje, o maior resgate líquido mensal da poupança havia sido em fevereiro passado, de R$ 6,236 bilhões. Nos primeiro trimestre de 2015, as retiradas são superiores às aplicações em R$ 23,230 bilhões.

Rumores

Em meados do fevereiro, o Ministério da Fazenda divulgou nota à imprensa informando que não procediam as “informações que estariam circulando por mídia social de que haveria risco de confisco da poupança ou de outras aplicações financeiras”. A nota da Pasta dizia ainda que “tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda”.