Membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)| Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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No início da noite desta quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou a decisão de elevar a taxa básica de juros (Selic) de 10,75% para 11,25% ao ano, um aumento de 0,50%. O aumento da Selic teve a concordância de todos os membros do Comitê.

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De acordo com o Copom, “a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. 

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, disse o Comitê no comunicado.

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O Copom também cobrou a “apresentação e execução” de medidas fiscais que contribuam com a política monetária e redução da inflação. 

“O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz um trecho do comunicado.

“O Comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem afetado, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco e a taxa de câmbio”, diz outro trecho.

Cenário

De acordo com o Banco Central, o cenário segue marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, “o que demanda uma política monetária mais contracionista”. 

“O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, informou.

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