Cada vez mais crianças e adolescentes estão expostos à pornografia on-line, segundo um estudo da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa realizada em 2005 e publicada na edição de fevereiro da revista "Pediatrics", o acesso a esse conteúdo impróprio para menores acontece em muitos casos de maneira acidental.
Dos 1.500 entrevistados com idades entre 10 e 17 anos, 42% afirmam ter visto material pornográfico na internet no período de doze meses. Em 66% dos casos, os jovens disseram não ter a intenção de acessar esse tipo de conteúdo, que apareceu para eles sem que fizessem qualquer tipo de busca on-line com esse fim.
O acesso involuntário acontece, por exemplo, quando imagens de pessoas nuas aparecem em pop ups (janelas que se abrem na tela) ou em páginas que teoricamente não deveriam exibir conteúdo ligado a sexo. No total, 34% dos entrevistados disseram ter sido "vítimas" dessas estratégias de divulgação de pornografia em 2005 -- em estudo conduzido entre 1999 e 2000, essa porcentagem ficava em 25%.
"Apesar de haver indícios de que a maior parte dos jovens não ficam transtornados ao se depararem, na internet, com material pornográfico que não buscavam, esse fenômeno pode ter um impacto maior sobre os jovens do que no caso do material pornográfico buscado intencionalmente", afirmou o estudo.
De acordo com a pesquisa, a faixa etária de adolescentes mais expostos a imagens pornográficas está entre os jovens de 13 a 17 anos. Ainda assim, os números envolvendo internautas de 10 e 11 anos também é alta: 17% dos meninos e 16% das meninas com essas idades já tiveram acesso a conteúdo impróprio na internet.
Mais de um terço dos internautas do sexo masculino com 16 ou 17 anos visitaram intencionalmente páginas pornô, enquanto 8% das meninas com a mesma idade fizeram o mesmo.